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Corinthians só empata em casa com Tolima na estreia da Libertadores

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Foi o terceiro empate consecutivo do Corinthians em 2011. Após os tropeços diante de Noroeste e Bragantino, o técnico Tite garantia que a sua equipe seria mais contundente na noite desta quarta-feira. Não foi o que aconteceu. O futebol pouco atraente se repetiu no 0 a 0 com o colombiano Tolima, pela pré-Libertadores, e motivou até algumas vaias de torcedores no Pacaembu.

Com o resultado, o Corinthians jogará por um novo empate, desta vez com gols, ou pela vitória no jogo de volta em Ibagué, Colômbia, no dia 2 de fevereiro. Outra igualdade por 0 a 0 levará a decisão para os pênaltis. O confronto vale uma vaga para o grupo 7 da Copa Libertadores da América, considerado um dos mais difíceis, com Estudiantes, da Argentina, Cruzeiro, e Guaraní, do Paraguai.

Antes de se preocupar com a Libertadores, no entanto, o Corinthians precisará reagir também no Campeonato Paulista. O adversário de domingo será o São Bernardo, no Estádio 1º de Maio. Tite pretende utilizar uma equipe reserva no final de semana, para preparar os titulares para o jogo decisivo contra o Tolima.

O jogo – A empolgação habitual marcou o início da nona participação do Corinthians em uma Copa Libertadores da América, desta vez na fase classificatória para a etapa de grupos. Sob foguetório e cantoria intensos, a equipe comandada por Tite entrou em campo liderada pelo lateral direito Alessandro, que se recuperou de catapora para disputar o seu primeiro jogo na temporada.

O começo da partida também seguiu conforme o previsto. O Corinthians se deixou levar pela euforia de sua torcida e foi mais ofensivo desde os primeiros minutos, com o trio de atacantes formado por Ronaldo, Dentinho e Jorge Henrique. O Tolima parecia tímido como os seus torcedores, que tiravam fotos, admirados, de um bandeirão aberto pelos corintianos no tobogã do Pacaembu.

Mas, com o tempo, as deficiências apresentadas pelo Corinthians nos empates com Noroeste e Bragantino se repetiram. O time tinha dificuldades para transpor a retranca armada pelo Tolima, bem aplicado taticamente. Com duas linhas defensivas, os colombianos deixavam apenas o irreverente Wilder Medina na frente. O atacante que chamou Ronaldo de "gordinho" só não era mais perigoso porque ficava impedido com frequência.

Alguns jogadores do Corinthians ainda sofriam com a falta de ritmo de início de temporada. Alessandro, substituto do machucado Moacir, levava as mãos aos joelhos, cansado, com menos de meia hora de partida. Foi naquele instante que a equipe criou a sua melhor (e única) oportunidade de gol no primeiro tempo: o meia Bruno César cruzou da direita, e o pequenino Jorge Henrique cabeceou para fora.

Aquela investida do Corinthians não foi suficiente para satisfazer sua torcida. Quando o árbitro chileno Enrique Osses encerrou o primeiro tempo, alguns corintianos posicionados na área VIP e na numerada descoberta do Pacaembu vaiaram. Outros, sentados nas arquibancadas, gritaram para manifestar apoio. E a maioria ameaçou em coro, antes de o time voltar a campo: "Se o Corinthians não ganhar, o pau vai quebrar!".

A equipe de Tite sabia que estava pressionada no segundo tempo. O apagado Dentinho berrou com seus companheiros, cobrando empenho, assim que eles se acomodaram no gramado. A torcida voltou a incentivar: "Raça, Timão, você é tradição!". Com menos de um minuto, contudo, o Tolima assustou com Murillo, que avançou pela direita e chutou cruzado. O goleiro Julio Cesar respirou, aliviado, quando a bola saiu pela linha de fundo.

Tite decidiu entrar em ação. Trocou o meia Bruno César por Edno, para insatisfação de alguns torcedores. O Corinthians continuou apático após a alteração, mas quase já não era mais incomodado pelo Tolima. O treinador tentou modificar o panorama da partida novamente, com Marcelo Oliveira e Danilo nos lugares de Roberto Carlos e Dentinho. Já o rival substituiu Castillo e Medina por Marrugo e Giménez.

Nos minutos finais, o Corinthians passou a pressionar o Tolima sem organização tática. O nervosismo era nítido nas jogadas dentro de campo e nos semblantes dos torcedores. Muito mais calmos, sob orientações do satisfeito treinador Hernán Torres, os colombianos valorizavam a posse de bola quando podiam. Só se assustaram outra vez quando uma cobrança de falta do zagueiro Chicão acertou a rede – pelo lado de fora.

 

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