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Corinthians cede empate ao São Paulo e deixa a primeira colocação

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O Corinthians ficou a dez minutos de prova que não tem nenhum trauma da Arena Barueri, onde Rogério Ceni marcou o centésimo gol da sua carreira. Neste domingo, três anos depois do feito do goleiro adversário, o time comandado por Mano Menezes reencontrou o rival no estádio da Grande São Paulo e contou com um gol do lateral direito Fagner para abrir o placar. Luis Fabiano decretou o empate por 1 a 1 aos 35 minutos do segundo tempo.

Com uma defesa compacta, que contabilizava sete jogos oficiais sem ser vazada, o Corinthians fez um jogo truncado com o São Paulo e soube aproveitar a brecha que teve, no início da etapa complementar, para chegar ao gol. Depois, cedeu à pressão do rival e perdeu a primeira colocação do Campeonato Brasileiro, totalizando agora 8 pontos. A equipe de Muricy Ramalho tem 6.

O Corinthians voltará a campo já nesta quarta-feira, mas para disputar um amistoso com o Atlético-PR, por ocasião da reinauguração da Arena da Baixada. O próximo compromisso oficial será contra o Figueirense, pela primeira vez no estádio de Itaquera, na Zona Leste. O São Paulo irá ao Maracanã para enfrentar o Flamengo no mesmo dia.

O jogo – A paz entre Muricy Ramalho e Mano Menezes foi selada com um aperto de mão minutos antes de o clássico começar. Após superar as suspeitas do corintiano em relação à postura de sua equipe no Campeonato Paulista, o são-paulino tomou a iniciativa de cumprimentar o adversário à beira do gramado.

Dentro de campo, os jogadores de São Paulo e Corinthians não tiveram tanta diplomacia. Só no princípio do primeiro tempo, Osvaldo se estranhou com Fagner, Álvaro Pereira trocou carrinhos com Petros, que também irritou Paulo Henrique Ganso, e Luis Fabiano teve algumas divididas ríspidas com Cleber (em quem aplicou um chapéu).

A disposição não deixou o clássico bonito. Com Paulo Henrique Ganso de um lado e Danilo (o escolhido para substituir Jadson) do outro, já era esperado que as articulações de São Paulo e Corinthians também não tivessem tanta agilidade. A forte marcação das duas equipes, no entanto, colaborou para que ninguém chutasse a gol em quase meia hora de jogo.

Foi Ganso o primeiro a levar um pouco mais de perigo ao Corinthians. Aos 40 minutos, o meia buscou inspiração no gol que marcou no último encontro com o rival e soltou o pé de fora da área. Cássio caiu desajeitado no gramado – alguns torcedores do São Paulo chegaram a gritar “gol” –, mas fez a defesa.

O Corinthians não demorou a responder. Já no minuto seguinte, Ralf apareceu na linha de fundo como um autêntico lateral e cruzou rasteiro. Guerrero, que reclamava por ser pouco acionado, chutou firma da entrada da pequena área. Com uma grande defesa, Rogério Ceni salvou o São Paulo de ficar em desvantagem sob as mesmas traves onde marcou o centésimo gol de sua carreira.

Animado com o jogo aberto, ao seu estilo, Osvaldo também incomodou a defesa corintiana no movimentado final da primeira etapa. O atacante partiu em velocidade pela direita, aos 44, e ganhou de Gil na corrida, porém concluiu com muita curva e mandou a bola para fora. Depois disso, Mano se antecipou ao intervalo e desceu para o vestiário.

O técnico parecia prever que algo melhor estava por vir para a sua equipe, logo no início do segundo tempo. Aos três minutos, Guerrero prendeu o jogo no bico da grande área do São Paulo, pela esquerda, e fez o cruzamento rasteiro. Romarinho ludibriou a marcação e deixou a bola passar. Fagner, sem a sombra de Álvaro Pereira, completou para a rede.

Em silêncio por causa do gol do rival, a torcida do São Paulo só voltou a se manifestar cinco minutos depois, quando Luis Fabiano girou com rapidez dentro da área e bateu firme. A bola foi para fora. Pouco depois, a chance veio através de uma cobrança de falta, quase do mesmo local de onde saiu o centésimo de Ceni. Desta vez, quem cobrou foi Ganso. Ninguém aproveitou o levantamento na área.

Para fazer o Corinthians se movimentar novamente no setor ofensivo, Mano decidiu trocar Romarinho por Luciano. Muricy apostou em Pabon no lugar de Ademilson. Após as alterações, com o atacante colombiano entusiasmado, o São Paulo esboçou pressionar o rival e expôs-se aos contra-ataques. De olho nos espaços, Renato Augusto entrou no lugar de Danilo.

Aos poucos, no entanto, o Corinthians passou a se contentar em só segurar as investidas do São Paulo. Luis Fabiano, por sua vez, não estava nada satisfeito. Estranhou-se algumas vezes com os defensores rivais. E, aos 35 minutos, recebeu uma bela assistência de Ganso, superou a dividida com Cleber na base da raça e finalizou no canto para empatar a partida.

Com o momento favorável, Muricy tentou chegar à virada com Boschilia na vaga de Osvaldo. Mano, que via o seu time começar a se arrastar em campo, investiu a sua última ficha em Bruno Henrique, o substituto de Petros. De nada adiantou. A diplomacia que os técnicos tiveram no início do clássico acabou refletida também no placar.

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