Quatro jogos de Copas do Mundo depois do que deu ao título à França em cima do Brasil, em 1998, os Bleus voltaram a comemorar um gol, de Henry, mas não uma vitória. Neste domingo, a Coréia do Sul aproveitou a acomodação dos europeus no segundo tempo e conseguiu um empate por 1 a 1, em Leipzig.
O resultado mantém os asiáticos na liderança do grupo G da Copa do Mundo, com 4 pontos ganhos. A França, em situação perigosa, tem 2, contra 1 da Suíça e nenhum de Togo. Os dois últimos se enfrentam nesta segunda-feira, em Dortmund. Sexta é o dia da última rodada da chave, que terá Suíça x Coréia do Sul e Togo x França.
Depois que a bola rolou em Leipzig, apenas oito minutos se somaram aos quase oito anos de jejum de gols da França em Copas do Mundo. Wiltord chutou mascado e a bola sobrou para Henry, sozinho com o goleiro Lee Woon-Jae, voltar a balançar as redes para os Bleus.
Os últimos momentos do jejum foram de absoluto domínio francês. Os campeões mundiais de 1998 não davam chances para a Coréia do Sul, jogando somente no campo de defesa do adversário. Malouda e Wiltord eram os principais articuladores do time de Raymond Domenech, acobertando uma atuação apagada do astro Zinedine Zidane. Já Henry cumpriu sua função, fez o gol.
A Coréia do Sul não se abalou com a desvantagem. Também não melhorou. Os semifinalistas da Copa passada voltaram às origens do futebol asiático, com muita correria e troca de passes, mas pouca eficiência. Chegaram a ter mais posse de bola do que os franceses, só que chutaram apenas uma vez no gol de Barthez em todo primeiro tempo.
A França passou a assistir passiva a persistência sul-coreana quando voltou do intervalo, o que fez Raymond Domenech trocar Wiltord, que vinha fazendo uma boa partida, pelo jovem Frank Ribery. A promessa dos Bleus, no entanto, não mudou muita coisa no jogo, que seguiu excessivamente cadenciado pelos europeus.
De tanto insistir, a Coréia do Sul foi premiada. Aos 36 minutos, Park Ji-Sung aproveitou cruzamento da direita e encobriu Barthez em meio à confusão na área da França, que não escapou do castigo asiático. Agora, os campeões de 1998 podem mais uma vez sair prematuramente de uma Copa, enquanto os ainda invictos sul-coreanos têm a chance de repetir o feito de 2002.