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CBF muda esquema de sucessão e Assembleia aprova única reeleição

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Nesta quinta-feira, a CBF reuniu uma Assembleia extraordinária no Rio de Janeiro para discutir o sistema de reeleição da entidade e as medidas ligadas a MP do futebol, que propõe uma maior autonomia aos clubes. Garantindo a liberdade do comando técnico aos clubes, o vice-presidente da entidade relevou que, a partir desta tarde, todos os dirigentes do futebol brasileiro só tem direito a uma reeleição.

Marcus Vicente, vice da CBF, disse que o novo estatuto já está valendo, e que todas as Federações devem se adequar o mais rápido possível a nova cartilha da entidade. Ao falar sobre Marco Polo Del Nero, que substituiu José Maria Marin em abril e já foi alvo de diversos pedidos de renúncia após o escândalo de corrupção na Fifa, o dirigente disse que poderá concorrer a reeleição uma única vez.

“Ele só pode ter direito a mais uma reeleição a partir de hoje, quando a decisão foi tomada pela Assembleia Geral. Isso também vale para as Federações Estaduais. Todos terão direito a penas uma reeleição, e o estatuto já está valendo”, disse Vicente, convencido de que esta é uma forma de impedir a perpetuação e a concentração do poder, posta em prática em diversos âmbitos dos bastidores do futebol.

Apesar dos boatos sobre a participação de Del Nero nas negociações fraudulentas comandadas por Marin, fato que já foi negado pelo próprio presidente, o vice Marcus Vicente deixou claro seu apoio. “Marco Polo está firme no comando do futebol brasileiro. Acreditamos nele e demos esse voto de confiança porque ele merece, ele conquistou essa posição mediante uma estrutura eleitoral democrática que contou com o voto da maior parte das federações”, esclareceu.

Além de conceder maior autonomia aos clubes na organização dos campeonatos, o que adia – pelo menos por enquanto – a especulada criação das ligas, a CBF resolveu manter o esquema de sucessão na presidência. Caso o atual presidente tenha que deixar o cargo no fim do mandato, quem o substituirá será o vice mais velho, no caso, Delfim Peixoto, presidente da Federação Catarinense e autor da petição para o prédio da entidade se chamar José Maria Marin.

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