Cássio já está na história do Corinthians. Assim como Rogério Ceni fez em 2005, diante do Liverpool, ele conquistou o Mundial de Clubes de 2012 e foi eleito o melhor jogador da final contra o Chelsea, outro time da Inglaterra. O próximo objetivo do corintiano é se equiparar ao rival também em longevidade em uma grande equipe paulista.
“O Rogério é um exemplo de carreira, um cara que ficou muito tempo no São Paulo. É inevitável que sirva de exemplo. Espero seguir bastante tempo no Corinthians”, disse Cássio, nesta segunda-feira, dia seguinte à defesa realizada no pênalti cobrado por Ceni no Morumbi. “Por mais que seja legal pegar uma penalidade assim, o mais importante foi o nosso time ter saído vitorioso.”
Para o técnico Tite e muitos dos seus comandados, a vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo foi garantida principalmente por causa de Cássio. O Corinthians estava com um jogador a menos em campo no momento da cobrança de Ceni, porque o zagueiro Gil havia sido expulso no lance do pênalti.
Pelo mesmo motivo, o goleiro do São Paulo se culpou pela derrota de sua equipe. Cássio preferiu dar crédito a si mesmo: “Achar que foi ele quem perdeu o pênalti desmerece um pouco o meu trabalho. Se eu tivesse pulado para outro lado, o gol teria acontecido. Existe um treinamento e um estudo feito por um pessoal muito competente. Sempre tenho a lista de onde os adversários costumam chutar. É algo bem detalhado”.
Essa dedicação é o trunfo de Cássio para finalmente chamar a atenção de Dunga. A exemplo do que já havia ocorrido no domingo, ele ouviu uma série de perguntas sobre o seu desejo de defender a Seleção Brasileira nesta manhã. E foi novamente comedido.
“A Seleção não é uma obsessão. Estou feliz no Corinthians. Já realizei o sonho de qualquer menino, de jogar e se manter em um time grande. Quero ficar muito tempo aqui. É o lugar onde gosto de trabalhar. Sei que muitos jogadores tiveram grandes carreiras e não foram nem convocados”, argumentou.
Cássio, portanto, está focado em construir uma história ainda mais significativa no Corinthians – seja com defesas em chutes de Rogério Ceni ou com mais títulos. “É legal bater recordes, conquistar campeonatos. Mas só vão saber o meu patamar na história quando eu parar de jogar bola. Hoje, se o time não estiver bem, serei cobrado como os outros”, sorriu o goleiro.