O Corinthians chegou à sua quarta partida consecutiva sem derrotas no Campeonato Brasileiro, mas voltou a empatar. Na estreia de seu novo uniforme, com listras verticais roxas e pretas, a equipe de Mano Menezes ficou no 2 a 2 com o Barueri, nesta quarta-feira, na Arena Barueri. Flavinho e Val Baiano marcaram os gol da equipe da casa. Marcinho e Elias, os dos visitantes.
Com o resultado, Corinthians e Barueri seguem juntos na tabela de classificação. Somam 33 pontos cada, com um jogo a mais do que a maioria das equipes. Após folgar no final de semana, o time da capital paulista fará clássico com o Santos na próxima quarta-feira, no Pacaembu. Já o da Grande São Paulo visitará o Palmeiras apenas no sábado de 5 de setembro.
O Barueri precisou de 20 segundos para ficar à frente do placar. As novas camisas roxas do Corinthians ainda nem estavam suadas. Os torcedores haviam começado a desfraldar bandeiras na arquibancada da Arena Barueri. E Marcos Pimentel cruzou da direita, Márcio Careca cabeceou e Flavinho completou para as redes, também pelo alto.
A torcida do Corinthians reagiu com cantoria ao gol do Barueri. O time que jogava por música, no entanto, não era o de Mano Menezes. O estreante Balbuena oferecia muito espaço para Márcio Careca atacar pela lateral esquerda. Do outro lado do campo, Elias e Morais não conseguiam oferecer perigo ao goleiro Renê. Jorge Henrique se esforçava em vão, enquanto Bill mal tocava na bola.
Sócio da Gaviões da Fiel, Renê só teve (pouco) trabalho aos 24 minutos do seu 100º jogo disputado pelo Barueri. Após errar dois passes seguidos e ouvir vaias dos corintianos, Elias arriscou um chute de longa distância que parou nas mãos do goleiro adversário. Foi o mesmo destino de uma finalização sem força de Henrique, em bola enfiada por Morais.
Paciente, até porque o Barueri não aproveitava a fragilidade defensiva do Corinthians, os torcedores do time da capital encontraram nos gols do Internacional sobre o Santos um motivo para vibrar. A equipe foi poupada de críticas até no intervalo. Os protestos foram contra o uniforme roxo vestido pelos jogadores. "Preto e branco é a cor do centenário", gritaram os corintianos.
Ainda assim, o técnico Mano Menezes entrou em ação antes de o segundo tempo começar. O centroavante Souza, quem diria, foi aplaudido ao substituir Henrique. Mas a principal mudança do Corinthians foi de atitude. O time passou a jogar com a mesma disposição com que a sua torcida gritava. A combinação resultou em gol aos sete minutos.
Souza foi um dos maiores responsáveis pelo empate do Corinthians. O jogador caiu dentro da área em dividida com Márcio Careca, e o árbitro Salvio Spinola Fagundes Filho assinalou o pênalti. Autor de um gol de falta contra o Botafogo, o lateral esquerdo Marcinho foi o escolhido para cobrar. E não desperdiçou: goleiro de um lado, bola do outro, 1 a 1 no placar.
A igualdade entusiasmou de vez os jogadores do Corinthians. Elias, então, transformou as vaias que escutou no primeiro tempo em aplausos eufóricos. Aos 13 minutos, o meio-campista arriscou um chute de longa distância e acertou o ângulo. Golaço. Ele quase repetiu o feito em seguida, quando Renê espalmou a bola para escanteio com bastante dificuldade.
O Corinthians só não contava com o 11º gol do artilheiro do Campeonato Brasileiro. Após cruzamento da esquerda, Val Baiano aproveitou falha de Paulo André e cabeceou para dentro aos 28 minutos. A festa agora era da pequena torcida do Barueri que estava no estádio. Mano Menezes não perdeu tempo. Trocou Marcinho por Marcelo Oliveira, recuperado de contusão.
Como a substituição não surtiu efeito e o Barueri melhorou na partida, Mano voltou a mexer em sua equipe. Bill saiu vaiado para a entrada de Jadson. Foi o Barueri, porém, que balançou as redes. Para sorte do Corinthians, Leandro Castan estava em posição de impedimento na jogada, aos 37 minutos. Nem mesmo a expulsão de Xandão, pouco depois, provocou nova alteração no marcador.