Com a presença de quase seis mil torcedores que foram até a Fonte Nova apoiar a equipe, o Bahia se classificou para a segunda fase da Copa do Brasil ao vencer por 3 a 2 o Nacional do Amazonas (em Manaus o jogo de ida foi 0 a 0). O time enfrentará o Luverdense (primeiro jogo será em Lucas do Rio Verde e a decisão da vaga em Salvador). Só que a classificação foi pará lá de dramatica. O placar estava 2 a 2 (o que classificava o Nacional) até os 44 minutos do segundo tempo, quando Kieza, impedido, marcou o gol gol decisivo.
O melhor em campo foi o goleiro do Nacional, Rogério Ramos. O veterano de 35 anos realizou grandes defesas, as principais nos 15 minutos finais. E teve experiência suficiente para ganhar tempo sempre que podia (chegou a levar um amarelo por cera).
O Bahia teve um bom início de jogo e abriu o placar aos seis minutos, quando, após bom cruzamento de Bruno Paulista, Zé Roberto ganhou pelo alto da zaga amazonense e cabeceou no canto do goleiro Rodrigo Ramos. A vantagem era para dar maior tranquilidade ao Bahia, mas o time da casa deu o gol de empate de presente para o Nacional aos 17 minutos. Depois de uma falha gritante da marcação, o zagueiro Titi, dentro da área, teve a chance de recharça. Só que ele, no chutão, acertou o corpo de um rival (Lìdio) e a bola sobrou limpa para Leonardo empatar.
O placar de 1 a 1 obrigava o Bahia a jogar pela vitória e o Tricolor foi para cima. Tchô teve boa oportunidade aos 27, mas o gol só saiu aos 41 minutos, num lance muito bonito. Souza deu um lançamento cheio de efeito para o interior da área, pela direita e Thales ajeitou para o meio da área. Na marca do pênalti, Kieza deu um voleio à Bebeto, a bola bateu em Tchô e enganou o goleiro Rodrigo Ramos. Pela beleza do lance, o gole deveria ser dado para Kieza, mas o árbitro considerou que a roçada na bola de Tchô foi determinante para a bola entrar e deu o gol para este último.
– A bola desviou em mim e eu pedi para o juiz dar o gol para o Kieza. Mas ele falou que, como a bola bateu em mim, se eu estivesse impedido ele anularia o gol. Então, foi gol meu – disse Tchô.
Veio o segundo tempo com o Bahia cadenciando as jogadas, tentando aproveitar algum furo de marcação de um rival que precisava buiscar o gol do empate para conseguir a classificação. O Nacional, por sua vez, percebeu que a defesa baiana estava nervosa e batendo cabeça em lances de chuveirinho,. E foi assim que o time amazonense chegou ao segundo gol aos 12 minutos. Após um bate-rebate, a defesa do Bahia rechaçou mal, para o meio da área. Charles, livre acertou um chute cheio de estilo, no canto esquerdo de Douglas Pires.
Como era de se esperar, o Bahia foi todo para a frente, com o atacante Max Biancucchi no lugar do meia Tchô e o meia Pittoni no lugar do lateral Yuri. O Nacional, muito recuado, começou a abusar de faltas (toda a sua defensa levou amarelo) e seu treinador fez substituições que aumentaram ainda mais o poder de marcação. Apesar do ferrolho, o Bahia conseguia criar chances, como um chute de Bruno paulista que obrigou Rodrigo Ramos a fazer uma bela ponte aos 30 minutos e numa cobrança de falta de Souza, aos 40.
Só que aos 44 minutos veio o lance decisivo. Na pressão total, Bianccuchi lançou na área, para Kieza e Thiago real, que estavam impedidos. O juiz não marcou e Thiago Real, na cara do goleiro, rolou para trás para Kieza tocar para o gol vazio. O lance revoltou os jogadores do Nacional (dois levaram amarelo). Mas a arbitragem não mudou a decisão. 3 a 2.
Restavam os acréscimos e o Nacional quase empatou aos 48, num chute de Robinho que passou raspando a trave esquerda do gol do Bahia. Fim de jogo e os jogadores do Nacional foram para cima da arbitragem, que saiu sob escolta policial.
– Lutamos muito. Conseguimos anular o Bahia no segundo tempo com uma boa marcação. Mais aí veio o lance em que eles estavam impedidos. Perdemos e estamos fora, mas fizemos um grande jogo – disse Denis
– O que lamentamos é que estávamos há quatro jogos sem levar gol e sofremos três. Caímos fora. Mas representamos muito bem o Amazonas. Agora vamos pensar no campeonato estadual. Temos um clássico no domingo – disse Leonardo, lembrando o jogo do Naça com o Rio Negro.
No Bahia, Titi disse que a classificação para a segunda fase foi importante para o momento que o time vive.
– Estamos vivendo uma nova era no bahia, de recosntrução. RE estou muito feliz de fazer parte desse momento. Por isso estou muito feliz com a classificação, E quero participar de mais decisões pelo clube – disse o zagueiro, lembrando que o time tem nova decisão no domingo, quando buscará um lugar na final do Campeonato Baiano.