Depois de deixar o G-4 do Brasileirão ao empatar sem gols com o América-RN, lanterna da competição, o Palmeiras encarou o Náutico nesta quarta-feira, no Palestra Itália, com a obrigação de vencer. Com muitos desfalques, mas reforçado pelo retorno de Valdívia, o time de Caio Júnior encontrou dificuldades diante de um adversário embalado por cinco vitórias consecutivas e bem armado pelo técnico Roberto Fernandes, mas levou a melhor e, de virada, venceu por 2 a 1.
Apesar de ter levado um susto no primeiro tempo com o gol de Felipe, o Verdão voltou para a etapa complementar disposto a mostrar que no Palestra, quem manda é o Palmeiras. E com dois gols de Caio, chegou à virada e à vitória de número mil em seu estádio, afastando definitivamente qualquer “assombração” do Jardim Suspenso.
O início do jogo deu a impressão que a tarefa alviverde não seria muito complicada, já que logo aos dois minutos, o novato Vinícius tabelou com Valdívia e ganhou escanteio. Na cobrança de Caio, Rodrigão e David mergulharam e o zagueiro quase marcou, de “peixinho”.
O Palmeiras seguiu tomando a iniciativa do jogo e marcando o uruguaio Acosta, principal jogador do Náutico, com perfeição. Desta forma, quase abriu o placar em uma escapada do lateral Paulo Sérgio,que invadiu a área pela direita e bateu forte, mas na rede pelo lado de fora.
A rede pelo lado de dentro quem acertou foi Marcelinho, aos 24 minutos. Em seu primeiro lance com liberdade, Acosta deu um passe de cinema para o atacante abrir o placar, mas o árbitro invalidou o gol alegando impedimento.
Menos de um minuto depois, em contra-ataque fulminante, Sidny avançou pela direita e serviu Felipe, que aproveitou vacilo de Wendel na marcação, dominou e cutucou para as redes, sem chances para o goleiro Diego Cavalieri: 1 a 0 Timbu.
Em vantagem, os comandados de Roberto Fernandes se postaram na defesa e passaram a apostar mais do que nunca nos contra-ataques. O Palmeiras, por sua vez, foi para a pressão e teve boas chances de empatar antes do intervalo, como em cobrança de falta de Vinícius ou em cabeçada de Dininho após escanteio cobrado por Caio, mas acabou descendo para os vestiários atrás no placar e ouvindo a chiadeira da torcida.
Virada na pressão: Na etapa complementar, Caio Júnior voltou com Luiz Henrique no lugar do volante Vinícius, abrindo o time e mostrando que a pressão sobre o Timbu seria ainda maior. Logo aos 50 segundos, Caio aproveitou cruzamento de Valdívia, gingou para cima do marcador e bateu forte, obrigando Fabiano a se esticar todo para evitar o empate.
A marcação sobre Acosta continuou funcionando e o Náutico pouco produzia ofensivamente. Para melhorar a produção palmeirense pela esquerda, Caio Júnior sacou Leandro para a entrada de Valmir. Logo no primeiro lance, o reserva do ex-cruzeirense teve a chance de empatar, mas falhou na finalização. Rodrigão, se antecipando a Everaldo e cabeceando forte, também deixou o grito de gol preso na garganta da massa alviverde.
De tanto pressionar, o gol finalmente saiu. E de uma forma inusitada. Valmir acreditou em uma jogada quase perdida e recuperou a bola. Paulo Sérgio fez lindo lance pela lateral esquerda e colocou na área. Depois de um bate-rebate, a bola sobrou para Caio, que encheu o pé. A bola desviou no zagueiro Everaldo e matou qualquer chance de defesa do goleiro Fabiano: 1 a 1.
Com a igualdade, a pressão palmeirense aumentou ainda mais e a virada não demorou. Mais uma vez, os protagonistas da jogada foram Paulo Sérgio e Caio. O lateral tentou o chute, a bola explodiu em um companheiro e voltou para Caio, que mais uma vez encheu o pé, desta vez sem desvios, para decretar o fim da seqüência de vitórias do Timbu e a milésima vitória alviverde na história do Palestra Itália: 2 a 1.
Para terminar a rodada no G-4, o Palmeiras torce por um tropeço do Santos, que enfrenta o Cruzeiro no Mineirão ainda nesta quarta. No sábado, o Palmeiras atuará novamente no Palestra, em um duelo direto por uma das vagas à Libertadores. O adversário será o Grêmio e a partida terá início às 18h10. Já o Náutico tentará afundar de vez o Juventude na zona de rebaixamento, no mesmo dia e horário, no estádio dos Aflitos.