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Sinop: Sintep protocola documento criticando prefeitura e começa paralisação amanhã

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O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) protocolou ofício comunicando à prefeitura que paralisará as atividades na rede municipal de ensino, por três dias, a partir de amanhã. No documento, o sindicato critica o executivo por apresentar a lei de mudança da jornada de trabalho dos professores, sem ter dialogado com a categoria, e ainda aponta precariedade no sistema educativo do município, com falta de profissionais.

Segundo o Sintep, um acordo feito após a greve de 2011 previa a criação de uma comissão para discutir melhorias na carreira, “principalmente, para os ocupantes dos cargos de apoio e técnico, com a alteração dos coeficientes salariais de classe, o que não está acontecendo”. Na visão da categoria, a mudança de jornada deveria ter abrangido os cargos de apoio e técnico administrativo, sem redução salarial.

A mobilização dos profissionais foi decidida na última quinta-feira (24), em assembleia geral. O manifesto começará ainda hoje com discussões nas escolas e creches com as comunidades escolares. Amanhã, às 7h30, está previsto um ato público com concentração na Praça das Bandeiras e passeata até a Praça Plínio Callegaro. Na quinta-feira, os profissionais farão uma aula pública sobre valorização e condições de trabalho na Educação. No último dia de protestos, o Sintep fará uma carreata pelas principais ruas da cidade, “em razão da falta de posicionamento da prefeitura”.

Conforme Só Notícias já informou, entre os pontos reivindicados estão melhorias nas condições de trabalho nas creches e escolas municipais, com contratação, por meio de concurso, de mais professores e reforma das unidades educacionais, além da ampliação da redução na jornada de trabalho para os profissionais técnicos. Também é exigido que a prefeitura cumpra a promessa de uma jornada de 36 horas semanais e não 38, como foi decidido pelo Executivo.

A redução da jornada foi sancionada semana passada e houve críticas por parte do sindicato. O diretor regional da entidade, Valdeir Pereira, informou que foi proposta uma jornada de 36 horas. Mesmo assim, a prefeitura, enviou o projeto de lei sem dialogar com a categoria. “No final de fevereiro, enviamos para a Secretaria de Educação um ofício propondo uma mesa redonda para discutirmos o assunto. Mas não obtivemos resposta. Na terça-feira (22), enviamos outro ofício e novamente ficamos sem resposta”, explicou.

Em 2015, foi aprovado, dentro do plano municipal de educação, a jornada única de 30 horas semanais para professores.

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