A partir da próxima segunda-feira (15), alunos do campus da Capital do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) estarão sem aulas, graças à decisão dos servidores em aderir ao movimento grevista deflagrado em nível nacional. Cuiabá é o quarto, dos 10 campi do Estado a paralisar as atividades. Os outros são Cáceres, Rondonópolis e São Vicente.
Os grevistas cobram do governo federal reajuste de 14,67% para este ano e a aprovação do plano de carreiras, a partir de 2012, que garantiria a evolução salarial. Segundo a presidente da seção cuiabana do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Alenir Ferreira da Silva, os funcionários das instituições não recebem aumento real há 17 anos. Conta que entre os anos de 2008 e 2010 foi definida uma tabela salarial que possibilitou a recomposição das perdas no período.
Além das questões salariais, o sindicato cobra a contratação de mais servidores já aprovados em concurso público para atender a crescente demanda de alunos, atualmente cerca de 4,5 mil só em Mato Grosso, e evitar os problemas enfrentados até mesmo com a falta de professores em sala de aula. Para garantir a legitimidade do movimento, os grevistas já solicitaram à reitoria do IFMT a relação para manter em funcionamento 30% das atividades.
Outro lado – Por meio de nota, a reitoria do IFMT informou que não tem qualquer poder de decisão sobre a pauta dos servidores, negociadas diretamente em nível federal, e tomará as providências para minimizar os prejuízos aos alunos e garantir o ano letivo.