Os professores, os técnicos e os apoios da Rede Estadual de Ensino Público são melhores remunerados que da iniciativa privada. Comparando os pisos salariais dos professores, por exemplo, nas mesmas condições de horas trabalhadas e nível de instrução, verifica-se que o salário do servidor da Educação Pública é 33% superior ao das escolas particulares.
Conforme dados do Sindicato dos trabalhadores em Estabelecimento de Ensino Privado de Mato Grosso (Sintrae), o piso salarial para professores da educação infantil e Ensino Fundamental I e IV em 20 horas trabalhadas é de R$ 472,50, enquanto os mesmo profissionais da rede pública na mesma quantidade de horas trabalhada têm subsídio inicial de R$ 688,53.
“E isso sem considerar os níveis alcançados na carreira em função da qualificação, que o próprio Estado oportuniza aos seus trabalhadores, os quais agregam mais valores aos subsídios pagos”, ressaltou o superintendente de Gestão de Recursos Humanos, Benedito Strobel.
No Ensino Médio, o Estado também remunera melhor seus professores. O docente da Educação Pública com habilitação superior recebe inicialmente R$ 1.032,00 para trabalhar 30 horas. Nas escolas particulares, com essa qualificação ele ganharia R$ 926 por igual período trabalhado.
Em relação aos técnicos, a discrepância salariais entre as escolas públicas e privadas é ainda maior. O piso estabelecido na rede particular para auxiliar de administração escolar varia de R$ 293,98 (com até 1º grau de escolaridade) a R$ 587,68 (com 3º grau completo) para 40 horas trabalhadas.
No Estado os salários variam de R$ 413,12 (sem o curso Arara Azul oferecido gratuitamente pelo Governo) a R$ 688,54 (para os servidores que possuem o Arara Azul) para trabalhar apenas 30 horas, ou seja 10 horas a menos do que da iniciativa privada.