Uma equipe da TV Cultura, de São Paulo, estará em Sinop a partir da próxima quarta-feira (22), para acompanhar o dia a dia da professora Rosana Brócco Zaffalon, finalista do prêmio "Professor Nota Dez" da Fundação Victor Civita de Educação, pelo desenvolvimento do projeto "Dengue mata, tô fora". Durante dois dias a equipe estará presente em sala de aula, nos laboratórios, acompanhando Rosana e os alunos do 5º ano da Escola Municipal Thiago Aranda Martin. Rosana e a diretora da escola, Nedir de Jesus Ferreira, estiveram no gabinete do prefeito Juarez Costa convidando-o para a entrega da premiação, em São Paulo, dia 18 de outubro.
A professora concorreu com mais 3392 mil projetos de todo o país se classificando em primeiro lugar na área de ciências. Esta é a primeira vez que um educador do Mato Grosso recebe a premiação. Juarez parabenizou-a pela conquista e destacou a importância da continuidade de projetos nesse sentido. "São esses trabalhos que tem nos tornado referência em educação como a revista Veja apontou em uma matéria recente", destacou.
Em São Paulo, Rosana apresentará o projeto para os jurados. Para o dia 17 está programado passeio ao Museu da Língua Portuguesa e à Pinacoteca. A entrega do prêmio é na Sala São Paulo. Dias 19, 20 e 21 ela participa da Semana da Educação.
Mês passado, Rosana e seus alunos receberam a vista de uma equipe da revista Nova Escola, especializada em educação, que durante dois dias acompanhou as atividades desenvolvidas por eles. "O material será publicado nas edições de outubro e novembro", apontou.
Ao falar sobre o projeto que lhe rendeu destaque nacional, Rosana disse que entre os objetivos da atividade está a atuação dos alunos como agentes mirins de saúde. "No modelo em que desenvolvemos esse projeto a comunicação é feita de crianças para crianças, eles já palestraram para aproximadamente 600 crianças. Assim, a aprendizagem tem mais significado para eles. A criança passa a atuar como multiplicador de conhecimento na família, escola, comunidade", explicou.
Segundo ela a prevenção é contínua e a atitude de provocar que buscava incutir nos estudantes ao lançar o desafio em sala, rendeu resultados positivos. "Já teve gente que chegou na catequese e disse "hoje preciso falar sobre a dengue", outros que saíram questionando a prática de jogar lixo na vizinhança e a idéia era exatamente essa: conscientizar, questionar".
Além da realização de palestras, a escola também realizou uma campanha para juntar latinhas, 31 quilos do material foram coletados e comercializados, o dinheiro foi aplicado na compra de 30 mudas de citronela, planta que atua como repelente do mosquito, plantadas no pátio da Escola. Segundo a professora, assim que as plantas oferecerem condições serão feitas novas mudas e estas distribuídas aos alunos para que as levem para casa.
Rosana salientou que as escolas que desejam palestras com os alunos que desenvolvem o projeto podem ligar para o telefone 3511-1915. A Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e a Secretaria de Saúde atuaram como parceiras do projeto.