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Alunos farão prova para avaliar ensino público em Mato Grosso

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Uma prova objetiva nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática verificará a aprendizagem dos alunos sobre as capacidades de leitura, escrita, interpretação, análise e resolução de problemas matemáticos. Esse é o primeiro passo no processo de Avaliação Diagnóstica do Ensino Público do Estado de Mato Grosso (Adepe-MT), iniciativa da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) que resultará em um Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de Mato Grosso (IDEM).

Segundo assessoria, com duas horas de duração, a prova é baseada na Teoria de Resposta ao Item (TRI) que leva em consideração diferentes variáveis da complexidade de cada questão da prova, para melhor avaliação do estudante. O modelo foca na questão (item) e não na totalidade dos acertos, não se considera apenas o certo e o errado, mas sobretudo o grau de dificuldade de cada item. “Na TRI pressupõem-se que um estudante com certo nível de proficiência tende a acertar as questões de nível de dificuldade menor que o de sua proficiência e errar os com nível de dificuldade maior. Considera-se o padrão de resposta do estudante no cálculo do desempenho”, informa o assessor de Política de Pós-Graduação e Pesquisa Educacional da Seduc, Kilwangy Kya Kapitango-a-Samba.

Ele explica que a avaliação não está pautada no conteúdo pelo conteúdo. A preparação da prova foi antecedida por etapas de verificação dos eixos e capacidades da Base Nacional Comum e das Orientações Curriculares de Mato Grosso. Para isso, entre os dias 11 a 15 de janeiro, uma equipe multidisciplinar validou as matrizes da Adepe-MT. “Foram realizadas pesquisas nos diários de classe das escolas com oferta de maior número de alunos, bem como no Relatório Descritivo, o Sistema Integrado de Gestão da Aprendizagem (SIGA), e consulta ao Livro Didático, entre outras”, explica o assessor.

Ao todo, participarão da iniciativa 163.214 alunos da rede estadual de ensino, do 2º, 4º; 6º e 8º anos do Ensino Fundamental e 1º e 2º anos do Ensino Médio, de 469 escolas estaduais urbanas, 12 de educação do campo e duas unidades quilombolas.

Os resultados da avaliação em larga escala fornecerão subsídios para a tomada de decisões destinadas a melhorias no sistema de ensino e nas escolas. Baseada neles, a Seduc acompanhará o desenvolvimento das redes e sistemas de ensino e fomentará ações de formação e desenvolvimento profissional dos profissionais da Educação Básica.

Preparação

Para a realização, de acordo com Kapitango-a-Samba, a escola deve refletir sobre a importância da avaliação, começando pela gestão escolar, o corpo docente e demais profissionais da educação, além de envolver todos os alunos na reflexão que motive a participação e os leve a reconhecerem a seriedade do processo. “Nesse sentido, a participação dos estudantes deve ser incentivada partindo do princípio de que a avaliação é inerente a todo processo educativo, uma vez que ela determina o ‘que ensinar’, ‘por que ensinar’, ‘como ensinar’ e ‘quando ensinar’”, ressalta.

A escola receberá da equipe do Núcleo de Avaliação da Seduc orientações para se organizar de acordo com o número de turmas a serem avaliadas. O dia da aplicação é letivo e haverá aula para todas as turmas. Por esse motivo, as unidades devem ser organizar antecipadamente e planejar o dia da aplicação da prova, para que tudo ocorra dentro da normalidade. “Todos devem participar do processo, para que possam auxiliar os professores aplicadores. Lembrando que a intenção não é a realização de um ranqueamento entre elas, nem um mecanismo de controle ou punição”.

Realizador

A avaliação será realizada pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), uma instituição que elabora e desenvolve programas estaduais e municipais destinados à mensurar o rendimento de estudantes das escolas públicas.

O CAEd já desenvolveu avaliações em mais 18 estados brasileiros, que têm procurado desenvolver seus próprios sistemas de avaliação estabelecendo metas e diretrizes específicas às suas realidades.

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