segunda-feira, 29/abril/2024
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Acadêmicos de Medicina da Unemat completam uma semana em greve

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Acadêmicos do curso de Medicina da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) de Cáceres completam hoje uma semana de greve e garantem que é por tempo indeterminado. Mesmo após se reunirem, na última segunda-feira (18), no Palácio Paiaguás, com o governador Silval Barbosa, o secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, e também com o reitor da instituição, Dionei Silva, alunos afirmaram que os pedidos não foram atendidos pelos representantes e, por isso, decidiram manter a paralisação.

Uma nova manifestação que marca a primeira semana de greve está prevista para, esta tarde, no campus de Cáceres. Conforme os alunos, durante a reunião, o governador apresentou aos acadêmicos o orçamento da instituição e que, no final concílio, afirmou que desconhecia a greve. Em diálogo com o reitor, nos dias 18 e 19, alunos afirmaram que Silva apenas manteve promessas. “O reitor discorreu sobre entraves que prejudicam a infraestrutura do curso de Medicina da Unemat, mas não divulgou prazos”, informou o blog dos estudantes.

Problemas antigos – ainda no texto do blog, alunos afirmaram que os problemas se estendem desde 2012, ano em que o curso foi criado. “Uma das promessas é a entrega dos blocos de laboratórios, garantida para três datas, todas adiadas. Foram adquiridas apenas algumas peças artificiais de laboratório e as anatômicas humanas, indispensáveis ao aprendizado médico, continuam inexistentes. Além disso, falta biotério e espaço físico para aulas, e as salas são disputadas entre professores”.

Entre outras denuncias, está a falta de efetivo dos docentes na instituição. Segundo o blog, mesmo com o concurso público feito este ano, a demanda não foi suprida e ainda existem disciplinas sem aula.

Outra demanda são os convênios. De acordo com os estudantes, não há hospital-escola e que os estudantes chegaram a ser barrados em atividades nas instituições de saúde, o que gera constrangimento e defasagem no aprendizado. “A falta de convênios também impediu aos estudantes o acesso a algumas vacinas, fato que os expõe a riscos”.

Estudantes também denunciaram a falta de assistência básica nas universidade, como sinal de internet wi-fi no campus e alunos não têm acesso à base de periódicos da área médica. “A gestão da Unemat, que discursa sobre ensino de qualidade e necessidade de pesquisas, não proporciona o mínimo para que os estudantes desenvolvam artigos científicos”.

Além disso, acadêmicos exigem também, em médio prazo, um restaurante universitário, transporte coletivo no campi que, para eles, serão soluções que beneficiarão outros alunos da universidade.

Outro lado – A Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) afirmou que durante a reunião com os acadêmicos, o governador Silval Barbosa está disposto a atender as demandas apresentadas, desde que as mesmas estejam dentro do orçamento previsto, conforme determinação legal. A folha de pagamento da instituição detém uma média de R$ 17 milhões.

Ele ainda garantiu que, mesmo com engessamento da folha, vai haver a contratação de mais professores via concurso público.

O reitor Dionei José da Silva, que estava ao lado de Silval na reunião, disse que algumas reivindicações já foram atendidas anteriormente e que trabalha para atender as demais.

Silva afirmou que este é o primeiro ano em que a Unemat trabalha efetivamente com o orçamento apresentado, mas que ainda é necessário fazer alguns ajustes para os próximos anos. De acordo com o reitor, os recursos de 2014 foram investidos na contratação de professores. Entre os 40 docentes aprovados em concurso, foram empossados 12 no curso de medicina, um aproveitamento de 100% das vagas.

Para o próximo ano os investimentos serão na construção de laboratórios. Segundo ele, o projeto de construção do bloco de medicina já foi aprovado, mas os recursos são provenientes do governo federal via Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Com relação às outras demandas, como transportes e o restaurante universitário, o reitor informou que a prefeitura de Cáceres é a responsável por operar o sistema de transporte e já foi encaminhada uma solicitação para que o problema seja resolvido. No que se refere a alimentação, o reitor esclareceu que a prioridade não é implantar um restaurante nas unidades da Unemat, mas patrocinar um auxílio alimentação – que está sendo referência para outras universidades estaduais – e auxílio moradia para estudantes de outros estados. “A Unemat já investe cerca de R$ 10 milhões/ano em estudantes carentes com objetivo de fazer com que o acadêmico permaneça dentro da instituição”.

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