sexta-feira, 19/abril/2024
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Abstenção no Enem é de 35% em Mato Grosso

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Mais de 35% dos candidatos mato-grossenses inscritos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que representa 44 mil, não compareceram ao primeiro dia de provas, que ocorreu no domingo. Essa foi a maior abstenção já registrada no Estado, maior até mesmo que a taxa nacional, que foi de 30%. Conforme dados levantados, as taxas de ausentes em Mato Grosso de 2012 até 2016 foram de 27,9%, 29%, 28,6%, 25,5% e 30%, respectivamente.

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Mato Grosso, o número de inscritos esse ano foi de 126.215, dos quais cerca de 82 mil compareceram no primeiro dia. Neste ano o número de candidatos foi 22,7% menor que no ano passado, que teve 163.181. Para o professor e coordenador do ensino médio em um colégio particular da capital, Carlos Roberto Leão, a prova não teve nenhuma mudança no perfil, porém é sempre espantoso a forma escolhida pelo Inep para a distribuição dos conteúdos, considerados extensos e cansativos. Apesar de grande parte dos candidatos realizar vários simulados durante o ano, na tentativa de se preparar, o professor avalia a prova como cansativa. “A prova de linguagem e humanas é como sempre repleta de textos longos, que exigem bastante interpretação de texto, exige bastante mentalmente dos alunos”, explicou.

Quanto à abstenção, Leão lembra que uma série de fatores pode explicá-la, mas seria preciso um levantamento para isso. Levando em consideração alguns dos possíveis fatores, lembra que esse ano houve algumas mudanças na prova, como o fato que o Enem não pode ser mais usado como certificado de conclusão do ensino médio. “Acredito que talvez muita gente fez a inscrição sem ainda ter conhecimento disso e ao saber tenha desistido”.

Outra questão é que grande parte dos inscritos também é estudante do grupo chamado de “treineiro”, ou seja, faz a prova só para avaliar seu aprendizado e perceber em que áreas precisa melhorar. “Como alguns são do 1º e 2º ano, muitos acabam desistindo na última hora”.

Em relação à redação, o professor de redação José Benedito do Nascimento Neto afirma que apesar de surpreendente, já que o tema “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil” não estava entre os mais cotados para esse ano, foi de forma ampla bem discutido entre os alunos. “Não tratamos especificamente da inclusão dos surdos, mas falamos de forma geral da inclusão de pessoas com necessidades especiais, portanto os alunos tinham bagagem para realizar um bom texto.

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