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Vera: grupo argelino deve apresentar nos próximos dias projeto de complexo industrial de R$ 1 bilhão

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O grupo argelino Cevital deve apresentar nos próximos 20 dias o “layout” do projeto para o complexo industrial de processamento de soja, milho e arroz, em Vera (80 quilômetros de Sinop), que custará mais de R$ 1 bilhão. O prefeito Nílso Vígolo (Pros) se reuniu com representantes da empresa, ontem, e afirmou ao Só Notícias que “com o projeto em mãos a prefeituras vai buscar a área de aproximadamente 150 hectares que a empresa precisa para se instalar”.

O complexo industrial ficaria próximo à entrada do município, entre a BR-163 e a MT-225. A prefeitura tem 88 hectares e, segundo o prefeito, proprietários de áreas vizinhas ao local também participaram da reunião e concordaram em negociar a outra parte. “A empresa deve apresentar uma carta de intenção sobre a vinda ao município. Com o projeto saberemos qual é a área exata, para então iniciarmos as negociações pelo restante da área”.

Conforme Só Notícias já informou, a previsão é que, após entrar em funcionamento, a empresa teria capacidade para absorver 1,2 milhão de toneladas da produção agrícola na região.

“A princípio seria uma esmagadora de soja, uma fábrica de óleo e margarina e uma usina de álcool à base de milho, além do complexo logístico que seria criado para transporte dos produtos”, detalhou o prefeito.

De acordo com o cronograma previsto e caso a área seja disponibilizada, a intenção é iniciar a fase de projetos ainda este ano. A instalação começaria em 2016 e até 2020 o complexo estaria em funcionamento.

“Para o município seria muito importante a instalação do complexo industrial, porque agregaria valor à nossa produção. Deixaríamos de exportar somente matéria prima. Sem contar a geração de emprego e renda”.

A Cevital é a maior empresa do ramo agroalimentar da Argélia e seu escritório central fica em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A instalação da empresa argelina seria o segundo megaempreendimento confirmado no município nos últimos meses.

Isso porque a Superintendência de Infraestrutura, Mineração, Indústria e Serviços da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) já emitiu a licença prévia para a empresa que irá construir uma usina de álcool a base de milho, também no distrito industrial.

O empreendimento terá capacidade para processar 40 toneladas de milho por dia. Com o documento, ficam atestadas a localização, concepção e viabilidade ambiental da usina. O terreno tem 11 hectares e foi doado pela prefeitura, que espera que sejam criados mais de 70 empregos diretos no município.

A indústria beneficiará milho para produzir 15 mil litros de álcool farmacêutico por dia, além de aproveitar os resíduos para fabricar, diariamente, 12 mil quilos de resíduo proteico, utilizado na ração para animais. As instalações estão previstas para começar este ano.

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