A crise no setor agropecuário não tem afetado somente o comércio de produtos agrícolas, como sementes e insumos, ou o comércio varejista, mas também o comércio de peças e máquinas agrícolas de Sinop. As revendas de peças do município, que trabalham com produtos para linha pesada, como patrols, pás carregadeiras, tratores e esteiras, sentiram uma queda de 60% nas vendas. “Geralmente, os produtores estão comprando só nos casos de emergência. Eles evitam trabalhar e quando têm que concertar algo o fazem em último caso”, disse, ao Só Notícias, o gerente de vendas, Adelar Righi.
“Esse problema do Ibama também agravou a situação das revendas, quem sabe agora que as ATPFs vão voltar a ser liberadas, possa haver uma reação nas vendas mas, ainda, assim deve ser muito pequeno”, disse um outro gerente de vendas, Gilson Camilo.
Só Notícias apurou que as revendas que trabalham com o comércio das máquinas, além das peças, também sentiram uma queda na comercialização de cerca de 70%. O gerente deuma revendedora de tratores, colheitadeiras, plantadeiras, plataformas para milho, entre outros maquinários, disse ao Só Notícias que os preço baixo dos grãos foi o grande responsável pela queda de vendas.
“A baixa comercialização da soja e do arroz, por exemplo, e os preços muito baixos é que deram maior prejuízo aos produtores. Eles não têm dinheiro para pagar as dívidas e acabam não tendo incentivo e ânimo para investir numa nova safra. Então, a comercialização vai à baixo”, salienta, Eli Manfrin.
Em média máquinas, tratores e colkheitadeiras têm preços que variam de R$ 80 à R$ 700 mil. Dependendo das marcas e modelos esses valores podem ser maiores.