O começo da colheita da soja na região, que concentra os maiores produtores do país, já sinaliza o aumento no preço do frete. Algumas empresas aguardam o escoamento da safra, mas, mesmo com expectativas de melhora dos preços, não esperam muitas alterações. A proprietária de uma central de fretes Nadia Meyer disse, ao Só Notícias, que deve ser feito um pequeno reajuste para amenizar os custos e que, a falta de caminhões, como em anos anteriores, pode se repetir.
“Os preços estão muito baixos e alguns preferem não colocar os caminhões para trabalhar”, destacou a empresária. Reinaldo Barbosa, proprietário de outra central, também explicou que a região não possui mais a estrutura como em anos anteriores e pode sentir a falta de veículos para escoar a safra.
O reajuste geralmente é feito quando aumenta a procura por caminhões, no pico da colheita, em fevereiro. A má conservação das rodovias neste período também aumenta despesas com manutenção da frota, sendo repassado no custo do frete. Atualmente, o preço cobrado para transportar a tonelada até Paranaguá (um dos principais portos de escoamento do Nortão) está entre R$ 150 e R$ 170, em média. O setor espera que neste período passe para até R$ 190.
As dificuldades enfrentadas todos os anos pelo setor deve ser resolvido com a pavimentação da BR-163 até Santarém (PA), viabilizando o escoamento pelo porto de Santarém e reduzindo em até US$ 30 os custos com frete por tonelada.