No último sábado, os trabalhadores rurais de Nova Mutum (250km de Sinop) estiveram reunidos em convenção coletiva com o objetivo de elaborar uma pauta de reivindicações para a melhoria das condições de trabalho da classe.
Um dos principais pontos abordados na convenção foi o reajuste salarial, dividido em categorias de trabalho. Segundo informações do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Mutum, Leandro Finkler, o reajuste de 3 categorias estão sendo analisados.
Para a categoria de operadores de máquinas pesadas, foi estipulado um teto mínimo (salário base) de R$ 600 durante os 3 primeiros meses de trabalho. Após esse período, a proposta é que o valor seja ajustado para R$ 650 e após 8 meses de trabalho, receba um acréscimo de 20%.
“Esses são os valores que deverão ser registrados em carteira, mas alguns fazendeiros pagam o salário de R$ 1,2 mil. Esses são poucos e, infelizmente, alguns trabalhadores ainda recebem um salário mínimo”, confirmou, Leandro, ao Só Notícias.
As outras duas categorias são a de serviços gerais, com proposta de salário base de R$ 300 e, depois de 3 meses, de R$ 400 e a de vaqueiro, com salário base de R$ 570.
“Também estamos vendo a possibilidade de incluir a categoria de mecânico, mas a nossa assessoria jurídica está vendo como nomearemos essa categoria, pois se for apenas como mecânico acaba sendo trabalhador urbano e na área rural tem o mecânico que faz a manutenção nas máquinas”, salienta, Leandro.
Só Notícias apurou que, além dos reajustes salariais, faz parte da pauta de reivindicações a segurança no trabalho; saúde do trabalhador; transporte, sob a responsabilidade do proprietário da fazenda e escola de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental nas propriedades onde existem mais de 50 trabalhadores rurais.
“Agora vamos debater com o sindicato patronal e ver quais são as contrapropostas deles para definirmos os acordos, que fiquem favoráveis para ambas as partes”, reforça, o presidente, informando que a reunião deve acontecer ainda esta semana.