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Termina a greve dos funcionários de bancos

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Bancários de todo o país aprovaram agora à noite a proposta de reajuste salarial apresentada na noite de ontem pelos banqueiros e decidiram encerrar a greve iniciada há seis dias. Os funcionários voltam a trabalhar na próxima quinta-feira.

Durante as assembléias realizadas hoje em 22 Estados e no Distrito Federal, os bancários parados aceitaram reajuste salarial de 6% retroativo ao último dia 1º de setembro. A proposta inicial dos banqueiros era de 4%.

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) também elevou o valor do abono salarial de R$ 1.000 para R$ 1.700 e a PLR (participação nos lucros e resultados) de 80% do salário mais R$ 733 para 80% do salário mais R$ 800. Além dos bancos privados, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil também decidiram estender essa oferta a seus funcionários.

Os bancários, no entanto, pediam reajuste de 11,77%, participação nos lucros maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), garantia de emprego e 14º salário, entre outras coisas.

Aval do comando

O Comando Nacional dos Bancários, que representa cerca de 140 sindicatos da categoria, havia decidido ontem por unanimidade recomendar que os trabalhadores encerrassem a greve.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, os bancários conseguiram, com a greve, um avanço importante. “O fato é que a mobilização dos bancários surtiu efeito e os banqueiros fizeram mexidas importantes na proposta”, afirmou.

Para a CNB (Confederação Nacional dos Bancários, ligada à CUT), a nova proposta foi considerada vantajosa por representar ganho real de cerca de 1% em relação à inflação e significar o “limite” do que se poderia conquistar nas atuais negociações.

Além disso, a greve corria o risco de ficar esvaziada. O juiz Pedro Paulo Teixeira Manus, vice-presidente Judicial do TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo), concedeu liminar pedida pelo Ministério Público do Trabalho e determinou que a greve dos bancários fosse limitada a uma parcela máxima de 30% dos trabalhadores de cada agência.

Segundo o juiz, o objetivo da decisão era garantir o acesso da população às agências e serviços bancários.

A liminar também determinou o retorno ao serviço de todos os trabalhadores dos centros administrativos e tecnológicos dos bancos “a fim de viabilizar o funcionamento das agências e serviços”.

Em caso de descumprimento, o vice-presidente Judicial do TRT-SP havia fixado multa diária de R$ 200 mil.

De acordo com a CNB (Confederação Nacional dos Bancários), 120 mil dos 360 mil trabalhadores representados pelos sindicatos ligados à CUT pararam durante a greve. Os bancos estimam, por sua vez, que 5% de agências foram paralisadas de um total de 17,5 mil existentes no país.

No Brasil há cerca de 400 mil bancários. Em São Paulo, Osasco e Região são 106 mil trabalhadores distribuídos em torno de 3 mil locais de trabalho. No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77%, contra uma inflação de 6,4%.

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