Nível de desemprego em Mato Grosso reduziu no 3º trimestre deste ano, que fechou com 117 mil pessoas desocupadas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O contingente corresponde a uma taxa de desocupação de 6,7%, inferior à verificada no mesmo período do ano passado (9,4%), quando 160 mil pessoas estavam sem trabalhar no Estado. Segundo o levantamento, Mato Grosso apresentou a 2ª menor taxa de desocupação do país no 3º trimestre, superado apenas por Santa Catarina, com 6,2%. Mato Grosso do Sul ocupa a 3ª colocação no ranking nacional, com taxa de desocupação de 7,2%.
A retomada na geração de empregos em Mato Grosso também é constatada pelo IBGE com relação ao 2º trimestre de 2018 (abril a junho) quando o número de desocupados somava 147 mil, com uma taxa de desocupação de 8,5%.
Com a reação do mercado de trabalho, o número de pessoas ocupadas em Mato Grosso subiu de 1,544 milhão no 3º trimestre de 2017 para 1,577 milhão no 2º trimestre de 2018, com o nível de ocupados passando de 58,9% para 59,2%. No 3º trimestre de 2018 avançou novamente e alcançou 1,621 milhão de pessoas, sendo 60,6% da população total apta a trabalhar em Mato Grosso.
São consideradas aptas ao trabalho em todo o Estado 2,674 milhões de pessoas, conforme dados estatísticos coletados pelo IBGE no 3º trimestre deste ano. No trimestre imediatamente anterior, o contingente de trabalhadores em potencial era formado por 2,663 milhões de pessoas, um pouco acima do quantitativo verificado no 3º trimestre de 2017, quando somavam 2,623 milhões.
Empregados no setor privado são a maioria e somam atualmente 776 mil trabalhadores, sendo 28 mil ou 3,7% a mais que o quantitativo de 748 mil registrado no 2º trimestre deste ano. Já em relação ao 3º trimestre de 2017, o número de empregados no setor privado cresceu 5%, sendo esse percentual equivalente a um aumento absoluto de 37 mil.
Chefe da Unidade do IBGE em Mato Grosso, Millane Chaves, observa que a taxa de desocupação no mercado de trabalho mato-grossense só ficou abaixo de Santa Catarina, estado que historicamente apresenta as menores taxas na Pnad Contínua. “Temos como bom indicador que a ocupação aumenta e há estabilidade no número de trabalhadores com carteira assinada, por conta própria e no trabalho familiar auxiliar. Isso é um indício de que os trabalhadores estão conseguindo ocupação formal, ou seja, fora da informalidade”.
Para ela, é prematuro afirmar com base na pesquisa que a melhora nos indicadores de empregabilidade tenham sido influenciados pela Reforma Trabalhista, sancionada em novembro de 2017, e que o instituto poderá, no futuro, incluir um item relacionado a essa mudança na pesquisa.