Um grupo de investidores europeus desembarcou, esta tarde, em Sorriso, para apurar a viabilidade da criação de uma indústria de fiação. São estimados em torno de 80 milhões de euros em investimentos (mais de R$ 220 milhões) nas primeiras duas linhas de produção, cada uma gerando 150 empregos e totalizando a produção de 14.500 toneladas de fios de algodão/ano, em até quatro anos após o início das atividades.
A principal proposta do grupo é realizar o beneficiamento de 10% do algodão mato-grossense em uma cidade relativamente próxima das lavouras. O projeto é ambicioso e para sair do papel, uma série de fatores entra em questão. Entre eles, a estrutura que as cidades “candidatas” têm.
Em reunião com os investidores, o vice-prefeito Ederson Dal Molin destacou o potencial da cidade. Falou-se na garantia de produção para “alimentar” a fábrica, aspectos como produção local, preços do algodão, clima predominante na região, recursos hídricos, potencial elétrico, mão-de-obra existente, entre outros pontos importantes para a tomada de decisão dos empresários foram colocados em discussão.
O conselheiro Cooperativa Mercantil e Industrial dos Produtores de Sorriso (Cooami), Gustavo Piccoli, reforçou que os produtores possuem capacidade técnica para produzir o tipo de algodão que a indústria necessitar. Além disso, segundo ele, está em andamento um projeto que prevê a criação de um centro de treinamento para os trabalhadores das lavouras de algodão, que visa melhorar ainda mais a eficiência produtiva do município. “Quanto á nossa produção, só a cooperativa já atende, com folga, a demanda que o empreendimento apresenta”, argumentou.
Ainda participaram da reunião o secretariado das pastas de Cidade e de Agricultura e Meio Ambiente, e demais representantes da Cooperativa Mercantil e Industrial dos Produtores de Sorriso.