Os produtores filiados a Associação dos Produtores da Gleba Barreiro vão decidir, em assembleia, nesta quinta-feira, se vai ser desativada a praça de pedágio porque o governo estadual não está devolvendo o dinheiro da cobrança para que possa ser feita manutenção nos cerca de 60 km pavimentados. "A Secretaria de Infra-estrutura já foi comunicada. Desde junho do ano passado, que não é feita devolução do pedágio nosso para que possamos fazer a manutenção da rodovia. É vergonhosso isso", desabafou, em entrevista ao Só Notícias, o tesoureiro da entidade, Luiz Carlos Nardi. Ele calcula que o Estado deve mais de R$ 1 milhão. A praça de pedágio arrecada em torno de R$ 100 mil mensais.
"A alegação deles é queo dinheiro vai para a conta única e não fazem previsão alguma. Estamos pensando em acionar o Ministério Público para possível ação de apropriação indébita", acrescentou Nardi.
O segundo passo que os agricultores analisam é propor ação para derrubar a cobrança do Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação Popular) no Estado. "O dinheiro não é usado para transpote rodoviário e habitação. Está havendo desvio do objetivo. Não tem gestão no governo do Estado. Arrecadamos, construimos o asfalto, fizemos manutenção, pagamos pedágio e não estamos tendo dinheiro de volta para fazer a manutenção e deixar a rodovia em boas condições. Então, vamos deixar para o governo cuidar e manter a rodovia do Barreiro", criticou.
A associção tem mais de 80 produtores associados. A pavimentação começou em 2005, a partir da BR-163 (próxima ao antigo Posto Fiscal Celeste). O Barreiro é uma das regiões mais produtoras de Sorriso, considerada a capital nacional do agronegócio.