A instalação do complexo industrial composto por frigorífico bovino, fábrica de biodiesel, curtume e unidade de sabão do grupo Rodopá Exportações onde serão investidos R$39 milhões, em Sinop, tem um entrave. A área, de 58 hectares, comprada pela prefeitura e doada para o grupo, às margens da rodovia de acesso a Claudia, está hipotecada pelo Banco do Brasil. De acordo com o prefeito Nilson Leitão, a área pertencia a antiga Sinop Agroquímica que deve R$6 milhões para o banco. “Essa dívida foi renegociada e está sendo paga em dia. Tem uma garantia de R$70 milhões em áreas. Então está faltando sensibilidade ao Banco do Brasil para retirar esses 58 mil hectares da hipoteca”, afirmou.
Leitão ressaltou que já esteve em Brasília vendo essa situação com a presidência do Banco do Brasil. “Já fui na diretoria e me falaram que resolveriam até final de 2007. Vou ligar novamente para o diretor do Banco do Brasil e perguntar se vai ou não liberar. Se não liberar, vou tomar medidas drásticas, inclusive tirando toda a folha de pagamento dos servidores da prefeitura e passando para outro banco”, afirmou o prefeito.
O grupo foi o primeiro a ser beneficiado com a lei de incentivo fiscal. A prefeitura liberou pelo menos R$850 mil, que retornarão aos cofres públicos na forma de impostos. Deve iniciar as obras assim que a restrição for eliminada e a primeira etapa que deve ser concluída, no prazo de um ano, é o setor de desossa do frigorífico e que auxiliará no processo de industrialização da carne que já é abatida pelo frigorífico Tatuibi, que pertence ao grupo. Só no frigorífico serão investidos em média R$10 milhões, gerando de 200 a 300 empregos diretos. Quando as demais unidades estiverem concluídas serão gerados mil empregos. O frigorífico fará abate, desossa e comercialização da carne. O couro será curtido no curtume. O sebo do gado é matéria prima para fazer biodiesel.
Atualmente, a empresa abate 480 bois por dia. A capacidade de abate será duplicada, passando a mil animais por dia.