A inflação inibe o poder de compra da maioria dos consumidores sinopenses. É o que aponta uma pesquisa encomendada pela Câmara de Dirigentes Lojistas, feita pelo Centro de Estudos Socioeconômicos da Universidade do Estado de Mato Grosso (Cise/Unemat). Foram entrevistadas 161 pessoas, no período de 10 a 20 de fevereiro. 83% acreditam que o aumento gradativo da inflação, que no último mês subiu 0,61%, começa a reduzir as vendas em vários segmentos no comércio.
Outros 17% dos entrevistados acreditam que a inflação não afeta as vendas de seus produtos e, segundo a pesquisa, “isso pode ser sentido desde que o produto vendido/produzido pelo empresário seja de primeira necessidade, em termos econômicos um bem preço inelástico”. Os economistas ainda apontam para o reflexo nos gastos de início de ano, devido ao aumento de impostos e compra de materiais escolares. No município, 48% dos entrevistados terão que comprar materiais para os filhos e gastarão, em média, R$ 300. 52% estão livres de dívidas.
Os clientes entrevistados também responderam pergunta da situação financeira familiar. 48% dos entrevistados se consideram regulares, enquanto que 22% assumiram estar em situação ruim. “Isso mostra que uma parte considerável da população não se encontra em uma condição satisfatória em termos de finanças pessoais e familiares”, afirmaram os economistas. Os outros 30% dos entrevistados se declararam em boa ou ótima situação financeira, “resultado bastante interessante para esta época do ano”, segundo o Cise.