A falta de qualificação continua sendo um dos principais fatores que impede o trabalhador de conseguir o primeiro emprego ou até mesmo mudar de ramo. Neste trimestre, menos de 40% das vagas oferecidas pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine), foram preenchidas. Ou seja, das 522 disponíveis, apenas em 202 os requisitos necessários foram atendidos. A situação é semelhante ao do ano passado, quando, de janeiro a dezembro, sobraram vagas.
Só Notícias apurou que a indústria e o comércio são os que mais sofrem pela falta de mão-de-obra qualificada. A exigência dos empregadores por funcionários com cursos especializados reflete diretamente nas contratações. De forma geral, 942 pessoas foram encaminhadas para entrevistas em variados setores, entretanto, as admissões (202), foram baixas.
Em 71 casos empresas descartaram os candidatos às vagas. Para outros 28, o funcionário que negou a oferta, por variados motivos. 10 não obtiveram respostas. Para outros, quando a vaga já estava preenchida, ou o trabalhador faltou a entrevista, e demais argumentações, foram 630 registros.
O Sine diagnosticou que em janeiro houve a maior sobra de vagas no mercado, para Sinop – 187. A diferença é resultado das 222 disponíveis, para 35 inserções. Em fevereiro, das 155 ofertadas, contabilizaram-se 93 admissões. Para março, os empresários disponibilizaram 145, mas somente 74 acabaram preenchidas.
Em todo ano passado, criaram-se 4.206 entrevistas por meio do sistema, número superior ao de vagas abertas (2.419). Mesmo assim, as admissões foram poucas. Reflexo da baixa qualificação.