sexta-feira, 29/março/2024
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Sindipetróleo questiona lucros apontados pela ANP para postos em Sinop e Sorriso

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Os números apresentados pela Agência Nacional de Petróleo sobre o lucro dos postos de combustíveis nas cidades de Sorriso e Sinop não refletem a realidade, já que não constam despesas como transporte, icms sobre o frete, dentre outros itens. Além do mais, a ANP não informa ao consumidor o quanto lucra os governos Federal e Estaduais com a comercialização dos derivados de petróleo, além dos municipais, com cobranças de taxas de toda natureza, como IPTU, ISS, Alvará de funcionamento, licença sanitária, licença ambiental e outras, o que poderá representar, no final, quase que 80% do preço da gasolina, em toda a sua cadeia de formatação de custos. Por sua vez, o órgão do governo alardeia que a margem de lucro dos postos é de 17% e 22%, mas não frisa que é bruta, nem recolhe o trabalho social das empresas. Reportagem publicada hoje por Só Notícias, com base em levantamentos da ANP, apontam que o lucro médio dos postos de combustíveis em Sinop e Sorriso é de 21%.

Estudos neste sentido estão sendo elaborados por empresários de postos de revenda de combustíveis na cidade de Sorriso, que pretendem mostrar para o consumidor as razões dos preços serem taxados como elevados.

Para o advogado Roberto Cavalcanti Batista, um dos coordenadores do trabalho, “o Estado não pode taxar como absurda a margem de lucro em 17% ou 22% para os postos quando o Estado, somente sobre o item ICMS recebe 25%, mais a diferença de pauta (pmpf), que eleva o imposto para quase 28%.

“Desse percentual de lucro, frisa-se que é bruto, o dono do posto tem ainda a pagar salários dos frentistas, à média de R$ 700,00, encargos trabalhistas, INSS, transporte, seguro de vida, insalubridade, periculosidade” – diz o advogado, ex-procurador da República em Mato Grosso. Cavalcanti lembra que além de PIS, Cofins, Cide e outras contribuições, o consumidor paga por toda a carga que envolve os custos dos combustíveis, pois além também do ICMS, há IPTU e todos os demais itens que são cobrados pelos municípios”.

“O consumidor não é bobo. Sabe que os 22% da margem do posto representa o investimento no social por parte das empresas, onde os postos empregam em Mato Grosso mais de 15 mil pessoas e gera uma movimentação de R$ 14 milhões com a folha salarial” – diz o advogado, lembrando que “a imprensa tem ainda o dever de mostrar os dois lados, sob pena de prejudicar o setor empresarial e conseqüentemente resultar em desequilíbrio econômico-social, a exemplo do que está ocorrendo em Rondonópolis quando mais de 60 frentistas foram demitidos nos últimos 90 dias por conta de ato praticado pelo Procon local que impôs um preço que não está sustentando a sobrevivência das empresas locais” – concluiu.

Na semana que vem, os contabilistas de Sorriso estarão realizando a segunda rodada de análise do planilhamento de custos, trabalho que vem sendo realizado pela CSC Consultoria Empresarial, e que deve estar concluído em cerca de 90 dias.

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