O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo) divulgou nota, esta tarde, expondo "profunda apreensão com o cenário econômico atual, especialmente com a recente elevação de impostos pelo governo federal. O aumento do PIS/Cofins, na dimensão em que foi realizado, mais que dobrando seu valor no caso da gasolina, terá inevitavelmente grande e imediato reflexo nos preços (a alíquota subiu de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 para o litro da gasolina e de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 para o diesel nas refinarias. Para o litro do etanol, a alíquota passou de R$ 0,12 para R$ 0,1309 para o produtor. Para o distribuidor, a alíquota antes zerada, aumentou para R$ 0,1964)", diz o presidente Aldo Locatelli.
Ele avalia que, "se por um lado as distribuidoras de combustíveis em geral repassam os aumentos de impostos com agilidade, por outro a margem de lucro praticada pela ampla maioria dos postos é menor que o próprio aumento. A revenda de combustível é um dos setores do comércio que trabalha com as menores margens de lucro devido à grande concorrência entre as empresas. Num cenário de recessão há mais de dois anos, grande parte dos postos opera com estoques baixos, devido ao alto custo do capital de giro. Assim, a renovação de estoque é feita praticamente todos os dias".
Aldo também afirma "que a carga de impostos sobre os combustíveis no Brasil já é extremamente pesada. No caso da gasolina, os tributos estaduais e federais representam cerca de 50%. Entendemos, por fim, que o aumento da carga tributária é especialmente prejudicial num quadro de recessão, pois transfere recursos do setor privado para o público. Todos saem perdendo: empresas, consumidores e a sociedade", concluiu.
Para cobrir parte do rombo nas contas públicas, o governo federal anunciou ontem as medidas aumentando o PIS e Cofins sobre os combustíveis que representará receita imediata.