O mercado europeu é um dos principais compradores da madeira produzida em Juína (754 km ao noroeste de Cuiabá). A informação foi levantada pelo Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad) que está visitando as regiões madeireiras em busca de informações para o projeto Memorial da Floresta, que deve ser inaugurado em Sinop, em agosto. Um exemplo da diversificação de mercado é a empresa Dellasa Agroindustrial, dirigida pelo presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno), que atualmente exporta para a China, Estados Unidos e Portugal madeiras colhidas de um projeto de manejo florestal sustentável de 1.400 hectares. No mercado interno a empresa atende clientes da área de construção civil nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e ainda está se expandindo para o novo mercado consumidor de madeira do nordeste do país.
O empresário Sidnei Marcos de Oliveira explicou que a indústria madeireira corresponde a 54% da empregabilidade da cidade de Juína. Oliveira destacou que sua empresa, a SM Móveis, exporta móveis, madeiras beneficiadas e artefatos para barracões, porteiras e currais para mais de 40 países, entre eles Israel, Estados Unidos, França e Dinamarca.
Cumprindo a meta de encontrar em cada região a madeireira a mais antiga, em Juína Osvaldo da Luz, é o pioneiro do setor que se mudou de Matelância (PR) em 1974 para o noroeste de Mato Grosso. Na época 43 pessoas vieram trabalhar com madeira. "Passamos fome no início, éramos seis famílias", disse o pioneiro ao ressaltar que a cidade ainda não tinha nenhuma casa e foi colonizada pela Colonizadora Codemat que vendeu terras às famílias. Na época a obrigação dos compradores era derrubar 50% das matas.