Os 35 mil empregados do comércio de Cuiabá e Várzea Grande aguardam para o final de semana, quando no sábado comemora o Dia do Trabalhador (1º), o resultado da negociação entre o sindicato da categoria e as empresas a definição do salário base da categoria. O pleito encaminhado neste ano é de um salário de R$ 600 e reajuste de cerca de 8% (correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor -INPC – mais 3% de ganho real), segundo a direção do sindicato. O presidente da Federação dos Comerciários de Mato Grosso e tesoureiro da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, Saulo Silva, diz que a pauta de reivindicações foi encaminhada e não há resposta dos empregadores. Saulo aguarda um posicionamento, caso contrário, “o jurídico entrará com medidas”. Apesar da data-base da categoria ser maio, o salário atual foi acertado no ano passado somente em 4 de outubro. Em todo o Estado de Mato Grosso são cerca de 220 mil trabalhadores no comércio.
O vice-presidente da Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio-MT), Roberto Peron, informa que a resposta dos empregadores será dada em breve. Peron menciona ganho real de cerca de 7% diante do pedido dos trabalhadores de um salário de R$ 525,00 para R$ 600 proposto. Ele calcula que o índice utilizado para a correção salarial deve ficar em torno de 5,4%. O presidente da federação dos trabalhadores, Saulo Silva, explica que nos últimos 3 anos a média de ganho real tem sido 0,5%, o mesmo que tem identificado em nível nacional. O salário do comércio lojista, que abrange também açougues, já está definido em R$ 520 e dos supermercados, R$ 572, ambos definidos por outras convenções.