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Rondonópolis, Sorriso e Alta Floresta tem maiores reajustes no gás de cozinha

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O preço médio do gás de cozinha em Mato Grosso foi reajustado gradativamente desde a 1ª semana de setembro. Entre 31 de agosto e 27 de setembro a alta acumulada foi de 1,96%. Neste intervalo, a cotação do botijão de 13 quilos do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) variou da média de R$ 53,85 para R$ 54,91. Nos últimos 12 meses, o insumo encareceu 6,97% no Estado, conforme levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Dentre os 7 municípios mato-grossenses pesquisados pela Agência, os maiores reajustes mensal e anual foram observados em Rondonópolis, Sorriso e Alta Floresta.

Em Sorriso, o preço médio do gás de cozinha se mantém como o mais alto do Estado e alcançou R$ 62 (13 kg) no fechamento de setembro. O valor atual está 4,07% acima daquele verificado no final de agosto (R$ 59,57) e 8,24% mais elevado que o preço verificado em setembro de 2013, quando se mantinha em R$ 50,27 no varejo. Já Rondonópolis se destaca por apresentar o maior índice de aumento, com variação mensal de 6,65% e anual de 11,26%. Naquele município, o preço médio do botijão de 13 kg do gás de cozinha subiu de R$ 52,83 em setembro de 2013 para R$ 55,11 no final de agosto deste ano e atingiu R$ 58,78 no mês passado.

Os consumidores de Alta Floresta, município localizado na região Norte mato-grossense e distante 830 km da Capital, pagam atualmente R$ 59,67 em média pelo botijão de gás. O valor está 5,79% mais caro do que aquele mantido no final de agosto (R$ 56,40) e 9,64% mais alto que o preço médio registrado em setembro do ano passado, quando se mantinha em R$ 54,42.

Em Cuiabá, a última pesquisa realizada pela ANP no dia 27 de setembro, aponta o preço médio de R$ 52,50, praticamente estável em relação a agosto (R$ 52,28) e 4,76% acima do valor registrado em setembro de 2013, quando se mantinha R$ 50,11.

No entanto, segundo a proprietária de um restaurante em Cuiabá, Aparecida dos Santos, em alguns pontos de venda o gás de cozinha passou a ser negociado por R$ 62 esta semana. “Aqui perto mesmo, o preço é esse no supermercado e consegui pagar mais barato porque comprei em outro lugar”.

De acordo com o assessor jurídico do Sindicato dos Revendedores de Gás LP de Mato Grosso (Siregás/MT), Eduardo Souza, os revendedores clandestinos praticam preços mais altos ao consumidor que as revendas regulares. Contudo, uma alternativa possível de ser adotada pelos consumidores para gastar menos com o insumo é buscar o produto diretamente na revenda legalizada. “O custo do transporte é embutido no preço final, mas se o consumidor busca o produto na revenda ele paga mais barato”.

Sobre as discrepâncias nos preços médios do GLP entre os municípios, Souza diz que fatores como a concorrência e o custo do frete influenciam nos valores praticados em diferentes regiões do Estado. “Em Sorriso, onde o preço do gás é o mais alto do Estado, atribuo isso à precificação pelos revendedores. Já em Cáceres, por exemplo, onde o valor médio do gás de cozinha é o menor de Mato Grosso, tem a influência da concorrência boliviana”. Ele esclarece que o Siregás não comprova essa interferência dos fornecedores bolivianos em Cáceres, mas afirma que há muitas reclamações dos revendedores locais sobre essa situação.

Quanto aos reajustes dos preços do GLP, ele defende que as revendas incorporaram o reajuste repassado pelas distribuidoras. “Na semana passada, era possível comprar um botijão de GLP por até R$ 48 e esta semana as revendas legalizadas estão vendendo por até R$ 60”. Nos fornecedores clandestinos o preço pode chegar a R$ 65, conclui o assessor jurídico do Siregás. “Desde o início de setembro, as distribuidoras repassaram o produto com reajustes que chegam a 8%”.

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