Na próxima segunda-feira, as entidades que compõe o Fórum Pró-Ferrovia se reúnem com o poder legislativo federal de Mato Grosso para discutir a retomada das obras da Ferronorte no Estado. O encontro, que será realizado na sede da FIEMT (Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso), está marcado para iniciar às 8h30, e já tem presença confirmada dos três senadores, e grande parte dos deputados federais.
Criado no ano passado, o fórum, que é permanente, congrega entidades representativas do setor produtivo, empresários e autoridades políticas. De acordo com o coordenador do fórum, o vereador Francisco Vuolo, o grupo defende a chegada da ferrovia à Cuiabá. “Estamos acompanhando todo o processo de construção da ferrovia, e precisamos do envolvimento da classe política para a chegada da Ferronorte à Capital”, ressaltou.
Para dar continuidade a malha ferroviária é necessário que seja realizado o EIA-Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) para a implantação do traçado original da ferrovia no trecho de Mineirinho – pertencente ao município de Rondonópolis – a Cuiabá. Com a vinda do BNDES, novo acionista da holding Brasil Ferrovias, cerca de R$ 1,2 bilhão serão destinados ao pagamento de dívidas da empresa. “O BNDES é agora o maior acionista da Ferronorte. É necessário que esse recurso também seja utilizado para a realização do estudo ambiental, que não deve chegar a R$ 2 milhões”, destaca Vuolo.
A Ferronorte teve o primeiro trecho inaugurado em 1999, com 410 km, ligando Aparecida do Taboado (MS) a Alto Taquari (MT). Em abril de 2002, foram inauguradas mais 90 km de linha, interligando Alto Taquari à Alto Araguaia, totalizando 500 km. Para chegar a Cuiabá é necessário a construção de mais 410 km.
“Buscamos a sensibilização dos políticos para entrar nessa luta conosco”, disse o vice-presidente do Sinpan (Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado), Luiz Garcia.