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Relatório coloca o Brasil como um dos piores lugares do mundo para os negócios

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O Brasil é um dos países onde é mais difícil fazer negócios: ocupa o 121º lugar entre 175 economias do mundo todo analisadas pelo Banco Mundial e pela International Finance Corporation. O estudo Fazendo Negócios 2007, realizado de janeiro de 2005 a abril de 2006 e divulgado nesta semana, mostra que o Brasil subiu uma posição no ranking, por conta de melhorias na eficiência dos tribunais ao limitar recursos e simplificar a execução de julgamentos. Ainda assim, o país está longe de ser considerado pelo relatório um bom lugar para fazer negócios.

A classificação segue indicadores de tempo e de custo para atender às exigências do governo para abrir uma empresa, seu funcionamento, comércio, tributação e fechamento. Não são considerados aspectos como políticas macroeconômicas, qualidade de infra-estrutura, oscilação da moeda, percepções dos investidores ou índices de criminalidade.

Os países latino-americanos com classificação mais alta são o Chile (28º), o México (43º) e o Uruguai (64º). Venezuela (164º), Haiti (139º), Guiana (136º) e Bolívia (131º) têm os piores ambientes para negócio da região. Os maiores obstáculos são os tribunais morosos e os sistemas complexos e elevados de tributação.

No Brasil, segundo o relatório, um empresa pode chegar a pagar 72% de seus lucros em tributos e levar 2.600 horas por ano para atender às exigências burocráticas. No topo do ranking mundial estão Cingapura, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá, Hong-Kong (China), Reino Unido, Dinamarca, Austrália, Noruega, Irlanda.

Mesmo longe do ambiente ideal, o relatório do Banco Mundial mostra que no período 2005-2006 ficou mais fácil fazer negócios na maioria dos países latino-americanos.

Vinte e sete reformas reguladoras em 13 economias da região simplificaram os regulamentos comerciais, fortaleceram os direitos de propriedade, diminuíram os encargos tributários, aumentaram o acesso ao crédito e reduziram o custo de exportação e importação.

Três países latino-americanos ficaram na lista dos dez países do mundo que realizaram mais reformas para facilitar a execução de negócios – o México, em terceiro lugar, o Peru em quinto, e a Guatemala em oitavo. A Bolívia e a Venezuela, no entanto, resistiram à tendência regional e dificultaram os negócios, segundo o Banco Mundial. No mundo todo, foram feitas 213 reformas em 112 países. As nações que mais fizeram são Geórgia, Romênia, México, China, Peru, França, Croácia, Guatemala, Gana e Tanzânia.

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