Representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sindipetróleo e do Sindicado dos Contabilistas de Mato Grosso (Sincon-MT) reuniram-se, hoje, com o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD). O objetivo foi buscar intermediação junto ao Governo do Estado em função da queda do faturamento no comércio com o andamento das obras de mobilidade urbana em Cuiabá e Várzea Grande para a realização da Copa do Mundo de 2014. Os segmentos estimam queda de até 70% nas vendas em localidades que foi feita a interdição total de vias. Por isso, solicitam celeridade no andamento das obras ou compensação devido à redução nas vendas.
De acordo com o presidente do Sindipetróleo, Aldo Locatelli, 33 postos de combustível estão nesta situação e três foram fechados. “Sabemos que as obras podem ser feitas sem interditar totalmente as vias. O maior recolhimento de impostos do Estado é por meio do combustível e insistimos para abrir o diálogo com o Governo do Estado, mas não tivemos êxito”, argumentou.
Na tentativa de buscar alternativas, os segmentos protocolaram na Secretaria de Fazenda (Sefaz) e na Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), solicitação para a redução de 50% da carga tributária para os comerciantes que possuem estabelecimentos afetados pelas obras, mas não obtiveram resposta.
Em função disso, procuraram o presidente da Assembleia Legislativa para tentar abrir diálogo com o Poder Executivo. “O deputado José Riva sempre promove intermediação junto ao Governo e viemos pedir que este leve a nossa reivindicação, pois estamos tendo perdas no faturamento com a interdição total de vias”, explicou Locatelli.
Presidente do Sindicato dos Contabilistas de Mato Grosso, Evandro Benedito dos Santos, afirmou que houve diminuição de vendas nos estabelecimentos que estão vinculadas diretamente às obras. “Percebemos nos registros contábeis e os proprietários nos faturamentos, o Governo pode acelerar as obras principalmente nos pontos de alto estrangulamento”.
O superintendente da CDL Cuiabá, Nelson Soares, lembrou que uma parcela da sociedade está sendo penalizada e por isso, o poder público precisa encontrar soluções. “Temos que encontrar maneiras para minimizar essas perdas, a maioria das empresas encontram-se hoje na Miguel Sutil, mas outras vias serão interditadas em breve”, alertou.
Riva comunicou os representantes dos segmentos que conversou com o governador Silval Barbosa (PMDB) sobre o assunto recentemente e afirmou que solicitará uma reunião para os próximos dias com a participação dos setores, Poder Executivo, Secopa e Prefeitura de Cuiabá, para debater o tema e encontrar soluções.
“É fato que existem empresas que estão sendo prejudicadas. Solicito que os setores produzam um documento de reivindicação para irmos ao Governo discutir o assunto. Uma proposta que está sendo debatida na Assembleia Legislativa é a redução da carga tributária para os estabelecimentos que estão sendo afetados”, explicou.