A queda ano a ano da arrecadação do MT Floresta, programa executado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), aponta que o desmate legal caiu em Mato Grosso e os produtores rurais perceberam o lucro de manter a floresta em pé. “Eles ganham mais dinheiro com a floresta em pé no bioma amazônico. A madeira mais valorizada é a de áreas de manejo florestal e o produtor tem percebido essa mudança”, explica o superintendente de Gestão Florestal da Seder, Rogério Monteiro.
Em 2006 quando iniciou o programa destinado para o reflorestamento havia R$ 5,2 milhões arrecadados. No ano seguinte caiu para R$ 2 milhões, baixou para aproximadamente R$ 1,5 milhão no ano passado e no primeiro semestre de 2009 para R$ 400 mil. Rogério explica que no caso do desmate legal em áreas licenciadas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), a cada um metro cúbico tirado é pago uma UPF, de R$ 31,99. O recurso é destinado ao fundo do MT Floresta. “Plantando mais árvores, promovendo o reflorestamento e a recuperação das áreas degradadas é possível gerar mais lucro aos produtores”.
Com recursos do MT Floresta foram recuperados mais de 2 mil hectares degradados em Mato Grosso. A Superintendência de Gestão Florestal da Seder tem incentivado o reflorestamento, diretamente ou indiretamente, por meio de linhas de financiamento como o Pró-Natureza. Em Reserva do Cabaçal foram replantados 5 mil hectares de eucalipto.
“O MT Floresta tem sido a mola mestra no direcionamento de programas e ações de reflorestamento em Mato Grosso. A secretaria vai elaborar a diretriz técnica para o manejo florestal no Estado. Este será um instrumento para que agentes financeiros como o Banco do Brasil e o Sicredi possam financiar recursos para reflorestamento”, comenta o secretário de Desenvolvimento Rural, Neldo Egon Weirich.