Após as rodadas de negociação, a Fenaban (Federação Nacional de Bancos) apresentará amanhã (28) uma proposta sobre as reivindicações dos bancários. Entre os pedidos do setor estão reajuste salarial de 10,25% (inflação mais 5% de aumento real) e piso igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416).
O presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Carlos Cordeiro, afirma que a expectativa dos bancários é que os bancos entreguem uma proposta que contemple aumento real de salário, valorização do piso, PLR maior, garantia de emprego, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança e promoção à igualdade de oportunidades.
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“Somente os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 25,2 bilhões, mesmo usando o truque de fazer provisões para devedores duvidosos de R$ 39,15 bilhões para uma inadimplência que cresceu apenas 0,7 pontos percentuais no período, chegando a 3,8%”, disse.
Na última semana, durante a terceira rodada de negociação, o Comando Nacional afirmou que o sistema financeiro nacional é o mais rentável do mundo, recompensa seus altos executivos com bônus milionários, mas paga a seus empregados um dos salários mais baixos dentre os bancários sul-americanos.
Outras reivindicações
Além das reivindicações citadas acima, os trabalhadores pedem ainda:
Plano de Cargos, Carreiras e Salários para todos os bancários
Auxílio-educação para graduação e pós-graduação
Auxílio-refeição e vale-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622)
Fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e ampliação da inclusão bancária;
Mais segurança nas agências e postos bancários;
Previdência complementar para todos os trabalhadores;
Contratação total da remuneração, o que inclui a parte variável da remuneração.
Igualdade de oportunidades.