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Produtores intensificarão bloqueios em Mato Grosso

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Os produtores rurais do Nortão vão continuar, esta semana, bloqueando a passagem de cargas nas rodovias do Nortão e em outras regiões de Mato Grosso. Eles querem mostrar ao Governo Federal (e continuar pressionando) que a medida anunciada, semana passada, não resolve o problema da maioria. Depois de uma semana muito agitada e tumultuada, com bloqueio geral de cargas por mais de 4 dias, brigas, discussões e até pessoas feridas, os produtores que fazem os bloqueios em Lucas, Nova Mutum, Sorriso e Sinop, reuniram-se, juntamente com produtores de outras cidades, em Sorriso, no sábado à tarde, e decidiram as novas estratégias.

Só Notícias apurou que as ações do ‘Grito do Ipiranga’ continuam nesta segunda-feira em vários pontos do Estado e serão intensificadas na terça-feira, quando o presidente Lula discutirá, com governadores, a crise agrícola que tem quebrado milhares de agricultores. “Pedimos a compreensão da população, mas sabemos que se não radicalizarmos, o governo não vai nos atender”, explicou uma liderança.

O protesto que completa um mês nesta 5ª feira – desde que a primeira ação foi desencadeada em Ipiranga do Norte ( 120 km de Sorriso), ganhou adesões em mais de 10 Estados. Os produtores consideram que a medida anunciada pelo governo, de liberar R$ 1 bilhão para garantir preços mínimos para a soja é apenas paliativa e não favorece a maioria dos agricultores, ou seja, aqueles que já venderam a produção e não serão beneficiados com mais R$6 por saca.

Os produtores vão manter os manifestos e nesta terça-feira, deve ser feito bloqueio geral em vários pontos do Estado. Será liberada apenas a passagem de carros, ônibus e ambulâncias. Cargas de qualquer natureza, serão retidas. Só depois dos protestos é que o governo começou, a timidamente, buscar soluções. Mas, o que foi feito até agora, é muito pouco diante da necessidade urgente em adotar outras medidas como, por exemplo, reduzir o preço do óleo diesel, que tirou de R$ 4 a R$ 5 por saca de soja de rentabilidade.

Os produtores também reivindicam pacto de 180 dias com todos os credores, sejam eles empresas e ou instituições financeiras dos setores privado e público.

( Atualizada às 21:23hs)

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