Com cerca de 95% da área já colhida, produtores começam avaliar a colheita da soja em Sinop. Mas, segundo o presidente do Sindicato Rural, Antônio Galvan, os resultados não estão sendo satisfatórios e as perdas preocupam muitos agricultores. Em algumas lavouras houve queda de até 20% na produtividade.
De acordo com Galvan, a estimativa era alcançar os mesmos números da safra passada, em que eram colhidas, em média, 45 sacas por hectare. Mas a intensidades das chuvas durante o mês, aumentou os índices de ardido nos grãos, que atingem em média, 5% da produção, resultando na quebra.
“Os números variam de propriedade. Em algumas a situação é mais caótica e estão sendo colhidas entre 20 a 25 sacas por hectare”, ressaltou. Outro problema apontado por ele, que afetou no desenvolvimento dos grãos, foi a ferrugem asiática, que atacou muitas lavouras na região.
“As dificuldades em conseguir financiamento atrasaram o plantio em muitas propriedades e também resultou na diminuição de investimentos pelos agricultores”, disse. Ele alegou que muitos produtores não conseguiram obter linhas de crédito pela demora da exclusão dos nomes das listas do Serasa e do Cadastro de Inadimplentes (Cadim), pelo Banco do Brasil, determinado por uma liminar expedida pela juíza da 2ª Vara Civil, Gabriela Carina de Albuquerque e Silva.
Este ano também houve uma pequena redução na área plantada em Sinop e municípios vizinhos, entre Vera, Cláudia e Santa Carmem, que chegou a cerca de 500 mil hectares.