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Produtores de Sinop também devem ir à Brasília para novo protesto contra governo

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No próximo dia 20, uma Comissão Estadual do Meio Ambiente, formada por representantes de Sindicatos Rurais de Mato Grosso, estará reunida com a diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), em Cuiabá, para discutir o projeto de lei encaminhado à federação pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), que determina mudanças para o setor agropecuário de Mato Grosso.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antonio Galvan, os produtores irão fazer contrapropostas ao projeto de lei, pois não concordam com alguns termos apresentados pela Sema.

Um deles é que a Sema propõe que se o produtor rural desejar recorrer a uma multa ma secretaria terá 20 dias, a contar da data da multa, para protocolocar recurso e terá que depositar 30% do valor da multa para recorrer. Outro ponto é que o produtor que for reincidente de multa por infrações contra o meio ambiente, ou seja, levar duas multas em menos de 3 anos, ele terá o valor da 1ª multa triplicado e duplicado, respectivamente.

“São propostas absurdas. Tudo bem que elas ainda não estão em vigor, mas não podemos deixar que isso aconteça. Se hoje a situação do produtor não está fácil, imagina se essas leis são aprovadas. O produtor que tiver uma multa de R$ 1 mil, vai pagar R$ 3 mil e depois R$ 6 mil. Ele nunca vai conseguir quitar suas dívidas assim”, afirmou, Antonio, ao Só Notícias.

Além dessa pauta, a reunião também será para decidir se os produtores rurais de Sinop e região irão participar do ato no Congresso Nacional, no dia 26, numa reunião conjunta das comissões de Agricultura da Câmara e do Senado. Ao todo, 200 produtores do Estado devem comparecer. Uma comissão deve ser formada para reforçar o manifesto.

Conforme Só Notícias já informou, durante a manifestação serão apresentados, mais uma vez, os problemas enfrentados pelos agricultores do Estado, para fazer gestão junto ao Governo Federal na tentativa de encontrar soluções para a crise do setor. Entre outros problemas, os empresários rurais se queixam da política macroeconômica que é de contenção da inflação, mas é nociva aos produtores rurais que têm a produção, insumos e financiamentos vinculados ao dólar.

“Quem sabe alguma coisa será resolvida dessa vez. A situação não melhorou muito e, se continuar assim, vai piorar. Por exemplo, o número de produtores que está plantando ainda é baixo e se algo não for feito eles vão perder muito no início de 2006. Os prejuízos serão incalculáveis e as dívidas vão continuar aumentando”, ressaltou.

Em junho, os agricultores realizaram um movimento intitulado “tratoraço”, em Brasília, que reuniu cerca de 20 mil empresários rurais. Só de Sinop e região, mais de 500 produtores foram até o congresso.

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