A produção industrial mato-grossense apresentou queda de 1,1% entre janeiro a dezembro do ano passado na comparação entre os mesmos meses de 2015. A informação consta na Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o documento, os dois primeiros trimestres foram bons e registraram altas na produção industrial. No entanto, os dois últimos trimestres do ano foram de perdas. Em dezembro de 2016, a produção industrial de Mato Grosso recuou 2,3% na comparação com igual mês do ano anterior, após avançar 0,9% em novembro. Na análise trimestral, o quarto trimestre do ano (-8,2%) assinalou recuo menos intenso do que o observado no período julho-setembro de 2016 (-10,3%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior.
O índice acumulado de janeiro a dezembro de 2016 apontou redução de 1,1%, primeiro resultado negativo da série histórica iniciada em 2013, todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 1,1% em dezembro de 2016, prosseguiu com a clara perda de ritmo iniciada em maio (6,7%).
Os impactos negativos mais relevantes foram assinalados pelos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-69,4%) e de produtos alimentícios (-1,8%), pressionados, principalmente, pela menor fabricação de álcool etílico, no primeiro; e de carnes de bovinos congeladas, óleo de soja em bruto e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, no segundo.
Por outro lado, as atividades de produtos de madeira (16,7%) e de outros produtos químicos (19,8%) apontaram as influências positivas mais importantes sobre o total da indústria, impulsionadas, em grande parte, pela maior fabricação de madeira serrada, aplainada ou polida, na primeira; e de adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) e adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio, na segunda.