Os bancos e as operadoras de cartões de crédito continuam sendo os principais alvos de reclamações no Procon em Mato Grosso. De janeiro até o final de abril, mais de 700 reclamações foram feitas contra bancos e operadoras de cartões de crédito. O total de procedimentos instalados contra instituições financeiras e de 1.440 e representa 30% do volume total nos 4 meses. 4.695 reclamações foram feitas contra empresas dos mais variados segmentos, incluindo prestadores de serviços. O aumento no número de queixas dos assuntos financeiros começou em 2008. Desde então, as cobranças indevidas, motivo de maior reclamação, tem levado muitos consumidores ao Procon. Além dos primeiros colocados do setor, os consórcios (195) e os cartões de loja (159) são fornecedores que apresentam um crescimento expressivo no número de reclamações.
Os produtos também registraram aumento nos registros de queixas, pulando da terceira para a segunda posição do ranking, com 1.391 ou 29,67% dos registros. Os aparelhos de telefones ainda lideram as queixas do setor (505), seguidos pelos móveis em geral (182) e os microcomputadores (107). Problemas com a garantia e os vícios de qualidade são os fatores que contribuem para o crescimento de reclamações contra as empresas do segmento.
Já o setor de serviços essenciais, que por dois anos lideraram as queixas dos consumidores do Estado, ocupam, atualmente, a terceira posição entre os mais reclamados no Procon, com 1.380 ou 29,46% das queixas. Tanto na Telefonia fixa (541), como na Telefonia Móvel (397), Energia Elétrica (256) e Água/Esgoto (153), as cobranças indevidas são os principais motivos de insatisfação dos consumidores.
Com relação aos Serviços Privados com 386 reclamações ou 8,21%, as empresas prestadoras de Serviços de Informática, como os provedores de acesso à internet, continuam sendo os fornecedores mais reclamados do segmento (75), juntamente com os Estabelecimentos de Ensino (54) e as TVs por Assinatura (36).
Na quinta, sexta e sétima posição do ranking do Procon-MT permanecem, respectivamente, os setores de Saúde (79 ou 1,685), Habitação (12 ou 0,26%) e Alimentação (8 ou 0,17%). Os dados são fornecidos pelo Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), o qual interliga as reclamações locais com o Ministério da Justiça, em Brasília (DF).
“A subida dos Assuntos Financeiros ao topo da nossa lista de reclamações refletem parte do superendividamento da população. A facilidade da oferta de crédito e o estímulo ao consumo são fatores que contribuem para este fenômeno. Assim, recomendamos muita cautela com o parcelamento das compras, principalmente pela alta taxa de juros cobrados pelas empresas” ressaltou a gerente de Atendimento e Orientação do Procon-MT, Priscila Garcia Moreira.