Lançado ontem pelo governo federal, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) gerou expectativa entre os empresários industriais mato-grossenses. O presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Mauro Mendes, acredita que ainda é cedo para avaliar se o programa gerará benefícios e, conseqüentemente, desenvolvimento ao país.
“As propostas apresentadas foram superficiais e não demonstraram clareza e objetividade. Muitos investimentos deverão vir da iniciativa privada e não há garantias de que isso realmente ocorra”, destaca. Segundo ele, o Brasil possui alta carga tributária e juros elevados, se comparado a outros países em desenvolvimento. “Isto sim emperra o desenvolvimento de uma nação. É necessário que primeiro o governo faça a lição de casa, enxugando os gastos públicos e reduzindo a burocracia”.
O programa, que foi lançado para o quadriênio 2007-2010, tem a finalidade de acelerar o crescimento econômico do país, aumentar a oferta de empregos e melhorar as condições de vida da população. Entre os projetos de prioridade estão as reformas política, tributária e previdenciária, investimentos em segurança educação e saúde. Para Mato Grosso, o presidente da Fiemt espera principalmente, o desenvolvimento da infra-estrutura de transportes. “Um dos grandes entraves para o crescimento do nosso Estado é a logística. Esperamos que o programa obtenha resultados positivos neste aspecto, principalmente, em relação a BR-163”.