O presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso, Gustavo de Oliveira, analisou, em entrevista ao Só Notícias, que o recente resultado que Mato Grosso teve o crescimento médio de 26,5% das atividades das indústrias, se reflete principalmente pela alta demanda gerada na produção recente e redução dos atrasos ocasionados em dois anos de pandemia na região devido a falta de insumos e produtos que impactaram na atividade do dia a dia das empresas.
“Alguns setores industriais em especial tiveram um claro favorecimento nesse cenário pós-pandémico, como a área de alimentos, já que o mundo inteiro demanda por mais. Agora, nos transformando no supermercado do mundo. Os serviços de fornecimento de energia elétrica e biocombustíveis também receberam muito espaço para crescimento no mercado, além do petróleo com os preços atingidos recentemente”, apontou, após participar do Fórum da Indústria MT, cuja abertura foi em Sinop, na quarta-feira à noite, no Sindusmad.
Deve seguir em alta neste ano, de acordo o presidente, a prestação de serviços no segmento de “construção, seja com grandes obras de infraestrutura ou construção civil. Os pedidos, tanto de habitações quanto de prédios comerciais tem crescido, a necessidade de construir armazéns com logística adequada ao escoamento da produção ainda é muito grande, então se tratam se setores com uma sinalização altamente positiva”, mencionou.
Mas, apesar do potencial demonstrado por estes meios, ele alerta que é preciso focar não somente nos ramos com vantagens naturais, mas analisar a agenda de outros para trazer competitividade e avanços no mercado de trabalho. “Os custos de todos os setores indústrias estão numa crescente, os empresários precisam investir em eficiência operacional e redução dos gastos, pois se insistirem em tocar as coisas com a mesma estrutura de três ou dois anos atrás, terão margens reduzidas ou até negativas em seus negócios”, concluiu Oliveira.
Conforme Só Notícias já informou, as indústrias de Mato Grosso tiveram crescimento mais acentuado impulsionado pelos setores de produtos alimentícios com 26,82%, produtos químicos com 1,42%, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis com 1,26%, produtos de madeira com 0,49%, minerais não metálicos com 0,32%, bebidas com 0,04%.
A evolução industrial de Mato Grosso é 22,8% superior em relação ao segundo colocado, dentre os Estados classificados. O Espírito Santo teve 3,6%, o terceiro é o Amazonas 3,4% e o quarto, Goiás 2,6%. O avanço conquistado por Mato Grosso foi superior à média brasileira que foi de – 5,8%.
Mato Grosso ainda terminou o trimestre com 20.647 admissões de funcionários com carteiras assinadas, 16.924 demissões e saldo de 3.723 admitidos a mais. Entre os cinco maiores, estão Cuiabá, com 2.001 vagas, Rondonópolis 1.737, Várzea Grande 1.695, Lucas do Rio Verde 1.119 vagas e Sorriso com 1.039.
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