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Prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande concordam com mais 7 dias de lockdown e juiz acata

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Só Notícias (foto: arquivo/assessoria )

O juiz da Vara Estadual da Saúde de Mato Grosso, José Luiz Leite Lindote, decidiu, há pouco, concordar com os pedidos das prefeituras dos dois municípios feitos, esta tarde, em audiência de conciliação, e estender por mais sete dias a proibição do funcionamento de serviços não essenciais. O promotor de Justiça Alexandre de Matos Guedes, defendeu a prorrogação por 14 dias do lockdown mas o magistrado acatou os argumentos das prefeituras e decidiu por mais uma semana com restrição do funcionamento da maioria dos comércio e indústria.

O período inicial terminaria hoje. Com a decisão, 52 segmentos considerados essenciais seguem funcionando e continuam proibidas atividade de lazer ou “evento que causem aglomeração, tais como shopping center, shows, parques, jogos de futebol, cinema, teatro, bares, restaurantes, casa noturna e congêneres, festas e confraternizações familiares e congêneres, ainda que realizadas em âmbito domiciliar”.

“O que não se pode é aceitar que mais vidas sejam perdidas ante o atraso e ineficiência do aparelho estatal. Os óbitos estão aumentando diariamente e a tendência é que mais pessoas venham a sucumbir diante da falta de assistência médica adequada”, decidiu Lindote. Na próxima semana será avaliado se houve grande avanço ou estagnação do contágio pela Covid-19 e o magistrado poderá designar nova audiência de conciliação para decidir se acaba o lockdown ou prorroga.

O MP argumentou, ao defender mais 14 dias de fechamento, que os municípios ainda estão em situação de risco considerada “muito alta”, de acordo com os termos do decreto estadual 522 que mensura a quantidade de casos positivos e número de leitos de UTI disponíveis. A taxa atual é de 97% mas, amanhã, na Santa Casa em Cuiabá devem entrar mais 20 unidades em funcionamento o que deve reduzir o índice.

O prefeito Emanuel Pinheiro reiterou o pedido para que a decisão do magistrado seja estendida não apenas para Cuiabá e Várzea Grande, mas também para as demais cidades que vêm gerando impacto no atendimento da capital pelo alto índice de Covid-19 considerando o fato de que Cuiabá está acolhendo mais de 65% de pacientes de outros municípios do Estado, e não seria justo impactar apenas a economia da capital.

Várzea Grande propôs fechar por mais sete dias e reavaliar os indicadores. “Cuiabá segue na mesma linha de pensamento, principalmente por defender a necessidade de medidas técnicas conjuntas. E, por acreditar que neste prazo, será possível sentir os impactos das semanas de quarentena já implantadas, bem como, terá tempo hábil para habilitação de novos leitos de UTI e novas medidas de biossegurança e contenção ao vírus”, informa a assessoria.

Entidades ligadas ao comércio e a indústrias manifestaram, hoje, que são contrárias a continuidade do lockdown devido aos prejuízos que a maioria das empresas teve ficando fechada. O presidente da Federação do Comércio, Jose Wenceslau Junior alertou que além da pandemia Mato Grosso está à beira de outra crise, “econômica e social, com a falência de inúmeros estabelecimentos comerciais e ocasionando o aumento no número de desempregados.

Os dois municípios fizeram barreiras sanitárias em rodovias e vias estratégicas para medir temperatura e fornecer informações aos moradores.

Em Cuiabá são 4.196 pessoas monitoradas e 1.207 estão curados. 278 faleceram. Em Várzea Grande há 1.164 casos, 554 curados e 165 morreram.

(Atualizada 19:25h)

 

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