O Escritório de Representações de Mato Grosso em Brasília (Ermat) espera para hoje a resposta da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) sobre o preço que será cobrado no contrato definitivo firmado entre o governo mato-grossense e o boliviano para o fornecimento de gás natural. Alguns pontos do contrato firme já foram fechados, como volume e vigência, mas o preço ainda é uma pendência. A expectativa é que o contrato seja assinado hoje. A informação foi dada pelo chefe do Ermat, Jefferson de Castro Júnior, ao explicar que durante a tarde de ontem houve uma nova conferência com os bolivianos, mas o acordo ainda não havia sido fechado até o fechamento desta edição.
O governo de Mato Grosso está empenhado nas negociações e pela proposta da Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás), o valor do milhão de BTU solicitado no documento definitivo poderia reduzir o valor cobrado na bomba em até 25%. Atualmente, o preço do metro cúbico nos seis postos que abastecem com o produto no Estado é de R$ 1,69.
No que se refere à vigência do contrato, Castro Júnior afirma que será por uma década e o volume combinado é de 35 mil metros cúbicos por dia. Ele informa que trata-se de um documento interruptível, mas que não gera risco de desabastecimento, ao contrário, segundo Castro Júnior, isso traz mais flexibilidade tanto a Mato Grosso (que não precisa comprar todo o volume diariamente) quanto à YPFB, que não tem a obrigação de enviar os 35 mil m3 diários.
“Isso vai depender da demanda e da disponibilidade da matriz energética”. Entre os itens mais importantes, na opinião do chefe do Escritório de Representações em Brasília é com relação ao sistema que o contrato foi firmado, amparado pelo GSA. Ele explica que se trata de um acordo bilateral, formado entre os dois países e que garante o fornecimento durante todo o período de vigência do contrato.
Em 2008, o fornecimento de gás natural a Mato Grosso foi suspenso por 75 dias, sendo retomado em dezembro. A boa notícia veio acompanhada de outra ruim. À época, o preço havia sido majorado em 11,8%, passando de R$ 1,69 para R$ 1,89, o que assustou os consumidores do gás natural veicular (GNV). Esta semana, diante da possibilidade de novo corte no fornecimento, devido à baixa pressão no duto, donos de postos fixaram cartazes nos estabelecimentos alertando os consumidores.