Abastecer com etanol em Mato Grosso pode ser uma solução viável para “driblar” o reajuste na gasolina implementado pelo governo federal desde o início do ano. Com base em um levantamento mensal da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Só Notícias apurou que o preço médio do litro de etanol no Estado é o mais barato do país. Nas bombas, o mato-grossense paga, em média, R$ 2,01.
Entre 33,3 mil postos pesquisados em todos os estados, Rondonópolis tem o quarto menor preço pago pelo litro, cerca de R$ 1,78. No Estado, entretanto, a capital, Cuiabá, tem o menor preço médio, aproximadamente R$ 1,96. Em Sorriso está, entre os postos pesquisados, o que tem o mais alto valor pago em um litro, cerca de R$ 2,42. O valor médio é de R$ 2,36 – maior do Estado. Foram pesquisados 616 postos no Estado, nas nove principais cidades.
Para saber se vale a pena abastecer com etanol, especialistas afirmam que é preciso fazer uma conta simples. Isso porque, embora mais barato, o etanol é um combustível que é consumido mais rápido pelo motor flex de um carro em relação à gasolina. Portanto, para identificar qual dos dois é mais vantajoso é preciso dividir o preço do litro do etanol pelo valor do litro da gasolina. Se o resultado da conta for maior que 0,7, vale a pena colocar gasolina. Se for menor, o melhor é o consumidor abastecer com etanol.
Em Mato Grosso, por exemplo, o preço médio da gasolina alcançou cerca de R$ 3,37 em julho. Dividindo pelo valor médio do etanol, R$ 2,01, chega-se à 0,59, o que mostra que abastecer com o biocombustível é mais vantajoso para o mato-grossense. Vale ressaltar que o cálculo é apenas uma estimativa e que pode haver diferença nos valores, dependendo do modelo de cada veículo.
Atualmente, 36 marcas e 496 modelos e versões de veículos recebem um selo de classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro. Além do selo, os consumidores podem consultar dados de todos os tipos de carros, como consumo de álcool ou gasolina na estrada e na cidade e emissões de poluentes. Os dados da tabela representam uma média de consumo para o brasileiro, em condições padrão e com combustível padronizado. Até 2017, todos os modelos de veículos comercializados no Brasil devem estar incluídos no programa do Inmetro.