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Preço do gás pode subir até 15%, dizem especialistas

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O preço do gás boliviano no mercado brasileiro deverá ser reajustado em pelo menos 10%, podendo chegar a 15% nos próximos meses. A previsão é de especialistas em gás natural.

Segundo informa o jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira, o vice-presidente boliviano Alvaro García Linera assegurou que o país vai insistir no aumento de “no mínimo US$ 2” sobre o valor cobrado do Brasil. Hoje, o preço pago gira em torno de US$ 3,20 por 1 milhão de BTUs (unidade térmica britânica).

Segundo Giuseppe Bacoccoli, pesquisador da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), ouvido pelo jornal O Estado de S. Paulo, a elevação do imposto de 50% para 82%, sem considerar aumentos de custos relativos ao transporte e distribuição, deve gerar uma alta de preço sozinha de 10% a 15% no Brasil.

Segundo Bacoccoli, este pode não ser o aumento total. A nacionalização permite agora a redefinição do preço do gás. “No exterior, o valor do gás natural é de US$ 7,5 a US$ 8 por milhão de BTUs. Talvez não tenhamos uma elevação do preço nestes níveis, mas é certo que o valor por unidade será elevado nas renegociações de contratos que ocorrerão a partir de agora com o governo boliviano”, disse.

Saul Suslick, diretor do Centro de Estudos do Petróleo da Universidade Estadual de Campinas (Cepetro/Unicamp), afirma que os consumidores do gás natural importados da Bolívia terão de enfrentar a partir de agora um novo patamar de preço. “O preço será revisado, isso é certo. As empresas terão de enfrentar certa instabilidade de preços”, diz.

Para Celso Arruda, professor do Departamento de Engenharia de Petróleo da Unicamp, o governo brasileiro deverá tentar amortecer o aumento de preço. “O preço subirá, isso ninguém discute mais. Mas acho que o governo federal usará a taxação para tentar amortecer o impacto, que não será pequeno. Deixará isso estourar no ano que vem, depois da eleição”, analisou.

Petrobras diz que preço do gás não deve subir
O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, disse ontem que os preços do gás boliviano não deve sofrer reajuste. Segundo explicou em entrevista ao Jornal da Globo, a estatização promovida por Evo Morales prejudicou a relação entre a Petrobras da Bolívia e a YPFB, mas não a relação entre a YPFB e a Petrobras no Brasil, que compra o gás boliviano. Por isso, os preços do gás não devem sofrer fortes alterações.

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