O representante da concessionária que administra a BR-163, Fábio Abritta confirmou, ao Só Notícias, que serão construídos sete trevos de acessos na rodovia federal. Destes, cinco estão previsto para serem no perímetro urbano entre as ruas laterais. Porém, não há previsão para que as obras iniciem. Não foram definidos os trechos, entre o Alto da Glória e o Camping, onde os trevos serão feitos para melhorar o acesso "aos dois lados da cidade". Desde que a concessionária passou a administrar a rodovia, foram fechados 17 acessos às ruas Enio Pipino e João Pedro de Carvalho por serem considerados irregulares.
Abritta explicou, que esses locais específicos estavam em desconformidade com as normas estabelecida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e considerou que representavam riscos tanto aos motoristas que usam as entradas e saídas quanto para quem necessita trafegar pelas perimetrais. “Todos os grandes acidentes que ocorriam eram principalmente nas travessias indisciplinares dos cruzamentos da rodovia. Quando se faz uma travessia de forma indisciplinada gera um transtorno muito grande de acidentes e mortes. O problema dos cruzamentos vão ser resolvidos. A implantação dos trevos vai beneficiar a ligação dos bairros e melhorará as condições de segurança, mas isso ocorrerá dentro do cronograma que nós temos que acontecerá até 2019”, disse, ao Só Notícias.
O gestor avaliou ainda que o fechamento dos acessos não prejudicou o comércio local. “É evidente que não podemos abrir mão da segurança. Não acreditamos que o comércio deixou de vender porque houve o fechamento dos acessos. Não tem relação com a perda do comércio. Quando se tem que se salvar vidas é muito mais importante que o condutor perca 10 a 15 minutos durante seu trajeto do que não conseguir chegar vivo ao seu destino final ou acabar sofrendo um acidente. O cruzamento da rodovia de forma inadequada estava gerando muitos acidente, feridos e mortes. Isso não podia continuar”.
Mas os comerciantes divergem. O presidente da Associação Comercial e Empresarial (Aces), Nilson Ribeiro, disse nesta 3ª feira, que algumas empresas instaladas ao entorno da rodovia correm o risco de fechar as portas caso não haja uma solução a médio prazo. “Existe um equívoco por parte da concessionária. Nós temos diversos associados que questionam constantemente as melhorias dos acessos. O problema é quando não se tem acesso facilitado para os clientes as vendas caem. Os pontos comerciais cresceram no entorno da rodovia. Nós fizemos um pedido para que se fosse possível para antecipar (as obras de trevos), mas seremos os últimos a receber as obras de melhoria prevista na concessão. Tem empresas que devem fechar as portas futuramente se continuar desta forma”, criticou.