O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central divulga nesta quarta-feira (20) a nova taxa básica de juro da economia, a Selic. O mercado espera um aumento e, independentemente do seu tamanho, o Brasil deve se manter no topo do ranking de países com a maior taxa de juro real do mundo.
Caso a Selic se mantenha em 11,75% ao ano, o Brasil será o maior pagador de juro real, com uma taxa de 5,9% ao ano. A liderança é mantida se o comitê decidir por elevar a taxa em 25 pontos-base (juro real de 6,2% ao ano), em 50 pontos-base (juro real de 6,4% ao ano) e em 75 pontos-base (juro real de 6,6% ao ano).
Os dados são do Ranking Mundial de Juros Reais, que é um comparativo entre as taxas praticadas em 40 países do mundo, elaborado pelo analista internacional da Apregoa.com – Cruzeiro do Sul, Jason Vieira.
Para deixar o topo
De acordo com a análise, o recente aumento dos índices de inflação tende a levar a um posicionamento mais retracionista de política monetária do Banco Central em 2011 e a perspectiva de continuidade do crescimento econômico renova a possibilidade de elevações de juros no país.
Nos países desenvolvidos, o estudo mostra que a inflação de energia é mais um componente da redução de juros reais, devido à política de forte liquidez, através de juros historicamente baixos.
De acordo com os dados, para sair da primeira colocação do ranking, seria necessário que a Selic caísse dos atuais 11,75% a.a. para 6,75% a.a., ou seja, um corte de 500 pontos-base. Neste caso, o juro real do Brasil seria de 2,1% ao ano, atrás somente da Turquia, com 2,2% ao ano.
Juros nominais
Outra lista elaborada, que também conta com 40 países, contém as nações com maiores taxas nominais de juros. Nela, o Brasil está na segunda posição, atrás da Venezuela. Na tabela abaixo, estão exemplificados os cinco primeiros e os cinco últimos colocados