Com pastos cada vez mais fracos, Mato Grosso está vivendo, nos últimos meses, uma situação considerada “estado de emergência” na agropecuária. Mesmo iniciando a estação das águas, muitas pastagens continuam morrendo, o que interfere diretamente na economia do estado, afetando no abate, no preço da carne e, consequentemente, na mesa do consumidor.
De acordo com o pecuarista Fernando Porcel, esta é uma situação que há tempos não era vista no Estado. Ele relata que após mais de 200 dias de seca, o capim começou a brotar, no entanto, os pastos passaram a sofrer um novo problema.
Os pecuaristas de Juara, região de grandes rebanhos, enfrentam os mesmos problemas. O criador e presidente da Acrivale (Associação dos Criadores do Vale do Arinos), Sebastião Moreira diz que, no começo, acreditavam a deficiência no pasto era culpa da seca, mas que o problema persiste.
“Os criadores que ainda têm gado gordo estão tentando ofertar para o abate. Já quem tem gado magro, que é a maioria, está tentando ração específica para não perder o que têm”, comenta revelando que o mercado está analisando essa situação (estado de emergência). “No começo era a seca, agora é a chuvas. Onde está o problema,” questiona.
Dados da vacinação revelam que Mato Grosso supera a marca de 27 milhões de cabeça de gado e se caracteriza o Estado com o maior rebanho bovino do Brasil.